Sexualidade da mulher submetida a histerectomia: dilemas no pós-operatório
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://repositorio.esenfc.pt/?url=rjxvIps8 |
Resumo: | A sexualidade é um aspeto central do ser humano e envolve a interação complexa e dinâmica de fatores biológicos, psicológicos e socioculturais. Muito associado à sexualidade da mulher, o útero é um órgão fortemente investido de carga afetiva, vinculado à fertilidade e feminilidade. Resultante de múltiplas patologias ginecológicas, a histerectomia é um procedimento cirúrgico que consiste na remoção do útero. A mulher submetida a histerectomia vivencia sentimentos, emoções, dificuldades e dúvidas, que devem ser considerados na prática de enfermagem. O objetivo geral desta investigação é identificar os dilemas da mulher histerectomizada no pós-operatório face à sua sexualidade, de modo a reconhecer as intervenções de enfermagem mais adequadas que permitam melhorar a sua qualidade de vida. Tendo em conta a natureza do fenómeno, trata-se de um estudo exploratório, descritivo, qualitativo e de abordagem fenomenológica. As oito participantes, intencionalmente selecionadas, são mulheres que vivenciaram a experiência da histerectomia e internadas num Serviço de Ginecologia de um Hospital Central. A colheita de informação foi realizada através de entrevistas semiestruturadas complementadas com questionários. Para a análise da informação foram seguidas as etapas processuais do método fenomenológico de Giorgi (Giorgi e Sousa, 2010). Da análise da informação emergiram oito constituintes essenciais: sexualidade feminina; simbolismos do útero; reações emocionais; repercussões da histerectomia na sexualidade; alterações corporais; necessidades de informação/formação; intervenção de enfermagem; experiências após o regresso a casa. Esta investigação evidencia que a histerectomia pode implicar várias repercussões no processo de viver da mulher, que se relacionam com as suas vivências, conceitos, representações e expetativas. Conclui-se que a experiência de ser submetida a histerectomia é complexa e a intervenção de enfermagem na preparação da mulher para o regresso a casa deve ser holística, personalizada e sistematizada, considerando as vertentes biológica, sexual, psicológica e sociocultural. O Modelo PLISSIT parece ser um instrumento útil na abordagem da sexualidade à mulher histerectomizada. |
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