Carcinoma da próstata e envelhecimento: aspectos preocupantes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pina,Francisco Madeira
Data de Publicação: 2006
Outros Autores: Lunet,Nuno, Dias,Manuel Macedo
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-34132006000400002
Resumo: O envelhecimento cursa com adaptações de hormonas, citocinas, e factores de crescimento progressivas, umas com função provavelmente protectora, outras ligadas ao aumento de risco de morte por causas cardiovasculares e neoplásicas. Relativamente às terapêuticas androgénicas de substituição no idoso, em utilização crescente e prolongada, mantem se a dúvida sobre o impacto no risco de desenvolvimento do cancro da próstata. A nossa experiência em casos incidentes de cancro da próstata demonstra que, à medida que a idade avança, sobe também a proporção de doentes com cancros da próstata com piores factores de prognóstico de recidiva/progressão (PSA basal mais elevado, risco de metastização óssea, tumores com pior diferenciação histológica). Enquanto que a prevenção primária quimio-endócrina aguarda resultados de vários estudos em curso (nomeadamente com inibidores da 5 α-reductase, selιnio e vitamina E) para se afirmar, a prevenção secundária, baseada em resultados parciais de grandes estudos internacionais e na expansão das medidas básicas do diagnóstico precoce (exame digital rectal e PSA), avança com a generalização das terapêuticas radicais. A nossa experiência de 15 anos de prostatectomia radical revela que os indivíduos idosos (> 65 anos) representam metade dos candidatos, nos quais se observa uma maior proporção de indivíduos com tumores com Gleason ≥ 7, e maior proporção de indivíduos classificados em grupos de maior risco de recidiva/progressão. As diferentes formas de hormonoterapia, integradas na prevenção terciária, como adjuvante de terapêuticas radicais, como paleação de doentes em recidiva bioquímica, ou no contexto de tratamento primário paliativo, apresentam vantagens e desvantagens que devem ser individualmente ponderadas.
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