Barreiras à prática de enfermagem baseada em evidência: resultados preliminares de um estudo empírico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pereira, Rui Pedro Gomes
Data de Publicação: 2011
Outros Autores: Peixoto, Maria José, Martins, Maria Alice
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1822/48339
Resumo: A Prática Baseada na Evidência (PBE) afigura-se como um actual e relevante desafio em saúde, procurando estabelecer práticas profissionais mais adequadas e seguras, garantindo melhores resultados e optimizando os recursos disponíveis, de acordo com a participação dos envolvidos nos complexos processos terapêuticos e de tomada de decisão. Estabelecer uma enfermagem baseada em evidência é um imperativo, indo ao encontro da obrigação e responsabilidade social da profissão, mantendo e aumentando a credibilidade desta entre as disciplinas da saúde e, para através da construção de uma enfermagem baseada no conhecimento, poder influenciar positivamente as políticas de saúde, incrementando valor acrescentado aos cuidados prestados pelos enfermeiros. Assim, é fundamental identificar face à PBE: barreiras, atitudes e constrangimentos, independentemente da sua índole: pessoal, profissional, científica e ou organizacional. Nesta comunicação pretendemos apresentar os resultados preliminares de um projecto de investigação de carácter transversal, exploratório e descritivo, desenvolvido numa ULS do Norte de Portugal, com recurso à Bolsa de Apoio à Investigação atribuída pela Secção Regional do Norte da Ordem dos Enfermeiros no ano de 2010 e em fase de conclusão. De entre estes, destaca-se que a amostra (n=95), é maioritariamente constituída por mulheres, sendo a faixa etária mais representativa dos 21-30 anos. São detentores de especialização em enfermagem 43,16% (n=41), tendo 28,4% (n=27) já estado envolvido em trabalhos de investigação. Os resultados contemplam também as principais fontes de informação / conhecimento a que recorrem para apoio às práticas. Complementarmente, são quantificadas as percentagens estimadas pelos inquiridos, segundo os quais, a sua prática é baseada em evidência, média 62,6% (n=82). Finalmente, perspectivando uma reflexão-crítica, apresentamos de acordo com a versão portuguesa do “Attitudes to Evidence-Based Practice Questionaire” (University of Ulster©), um ranking constituído por 26 dimensões no qual são hierarquizadas pela sua representatividade, as barreiras apontadas pelos enfermeiros à investigação e à implementação da PBE.
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