European Union's support programmes to African cinema: outcomes to their practices
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | eng |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10451/12337 |
Resumo: | Tese de mestrado, Cultura e Sociedade na Europa, Universidade de Lisboa, Faculdade de Letras, 2014 |
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European Union's support programmes to African cinema: outcomes to their practicesCinema - África - História e críticaCinema - Produção e realização - ÁfricaIndústria do cinema - África - SubvençõesAjuda económica europeia - ÁfricaTeses de mestrado - 2014Tese de mestrado, Cultura e Sociedade na Europa, Universidade de Lisboa, Faculdade de Letras, 2014A União Europeia tem despendido consideráveis somas em programas de apoio ao cinema africano. Mas terão estes programas tido resultados positivos em todos os casos? Quais são as opiniões dos beneficiários do apoio e de outros intervenientes no sector cinematográfico africano? O grande paradoxo reside em que, mesmo com o apoio da União Europeia, em muitos casos, esses filmes não são acessíveis ao público africano. Estará a União Europeia a contribuir, efetivamente, para o desenvolvimento sustentável das indústrias cinematográficas africanas? O objetivo desta tese é contribuir para este debate, convidando a uma reflexão sobre as relações entre a União Europeia e os países beneficiários de ajuda, ao mesmo tempo que propõe possíveis modelos de parceria para o futuro. Na primeira parte, aborda-se o cinema dos tempos coloniais, identificando-se o modo como o passado colonial ainda se repercute, na atualidade. Em segundo lugar, destacam-se as grandes mudanças nas relações entre a África e a Europa depois das independências. Em terceiro lugar, considera-se o contexto político e social, desde a década de 1980 até à atualidade, época em que foram introduzidas as políticas da União Europeia para o cinema africano. Em seguida, descrevemos os mais recentes programas de apoio financeiro da União Europeia: o ACP Films Programme, o Media Mundus e o Culture Auction Floor, com uma breve análise dos seus conteúdos, objetivos, critérios de seleção, orientações e âmbito de aplicação. Na segunda parte apresentamos várias interpretações académicas do conceito do cinema africano. Analisamos, em pormenor, uma das principais críticas em relação à possibilidade de se salvaguardar a autenticidade da visão cinematográfica dos realizadores, quando estes requerem financiamento junto das agências europeias. A referência ao Festival Pan-Africano de Cinema e Televisão de Ouagadougou permitiu-nos considerar alguns aspetos práticos relativos às principais controvérsias acerca do envolvimento europeu neste festival. Posteriormente, referimos a indústria cinematográfica nigeriana Nollywood, salientando que a mesma se tem vindo a desenvolver em África sem qualquer apoio externo. Na terceira parte consideramos os documentos oficiais de apoio da União Europeia ao cinema africano, análise que é confrontada com testemunhos obtidos através da realização de entrevistas individuais a alguns dos beneficiários de financiamento europeu ao cinema no Quénia, assim como a outros intervenientes na indústria cinematográfica africana e produtores de cinema europeus. Por último, apresenta-se o estudo de caso do cinema no Quénia a fim de se avaliar a eficácia do apoio do ACP Films Programme à indústria cinematográfica no Quénia. Os resultados revelam que a gestão do processo de candidaturas, a seleção do guião, a comercialização, a exibição e a 7 distribuição são predominantemente geridos pelos parceiros europeus. Em contrapartida, o caso da Babylon International EU demonstra que a União Europeia diversifica o seu apoio e contribui para o desenvolvimento da indústria cinematográfica africana bem como para a formação de profissionais de cinema locais. Por outro lado, o estudo de caso do cinema queniano revelou uma nova tendência, a da capacidade de os cineastas serem capazes de produzir filmes, independentemente do financiamento estrangeiro, o que leva a sugerir que sejam repensados os atuais padrões de cooperação entre a Europa e a África na área do cinema. Com base nos resultados do presente estudo, poderá concluir-se que as principais falhas das recentes políticas da União Europeia, por nós identificadas, incluem aspetos como o processo de candidatura, os critérios de seleção, o acompanhamento do projeto, a comercialização, a distribuição e garantia de igualdade na parceria entre a equipa criativa queniana e europeia. No entanto, os nossos resultados demonstram também o impacto positivo sobre as carreiras de cineastas africanos. Finalmente, são apresentadas algumas propostas no sentido de se melhorar a qualidade dos programas de apoio e de se influenciar o desenvolvimento das indústrias cinematográficas africanas. A presente tese visa defender que, para que os financiamentos sejam eficazes, a resposta dos beneficiários deverá ser um aspeto crucial Além disso, há que garantir processos de candidatura mais flexíveis a adaptados às necessidades dos cineastas, produtores e públicos locais, bem como um diálogo mais eficaz entre os organismos europeus de financiamento e os cineastas africanos e que as definições do financiamento sejam objecto de acordo mútuo. A comercialização, distribuição e exibição dos filmes apoiados deverão ter lugar antes de mais no continente africano. Se a União Europeia tem um interesse efetivo numa parceria igualitária na área da cinematografia africana-europeia, as políticas de financiamento do cinema devem possibilitar o acesso aos filmes e à cinematografia por parte de um maior número de africanos, para que os mesmos possam desenvolver a sua indústria cinematográfica de um modo mais autónomo. A questão permanece, se a UE continuará a considerar os africanos como recipientes passivos ou como potenciais parceiros. Cabe aos decisores políticos europeus decidir se pretendem trabalhar num quadro de benefício mútuo. Deste modo, as parcerias terão de ser continuamente analisadas, na tentativa de se identificar e encontrar soluções para uma relação viável e sustentável Estas são as questões que os decisores políticos da UE devem abordar, se estiverem efetivamente interessados na dinamização da indústria do cinema africano.Sanches, Manuela RibeiroRepositório da Universidade de LisboaDomarkaite, Marija2014-10-23T15:30:42Z2014-06-262013-09-192014-06-26T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/12337TID:201897938enginfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T15:59:06Zoai:repositorio.ul.pt:10451/12337Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:35:42.854729Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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