A Teoria do Gaze em Stanley Kubrick

• Autor(a) principal: Azevedo, Ana Ondina da Cruz Leorne Soares de
• Data de Publicação: 2011
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10362/131772
• topic: Stanley Kubrick; Gaze; Sigmund Freud; Jacques Lacan; Psicanálise; Sexualidade; Stade du Miroir; Objet Petit A; Christian Metz; Identificação Espectatorial; Significante Fálico; Desdobramento Visual; Scopophilia; Voyeurismo; Exibicionismo; Laura Mulvey; Male Gaze; Livre Arbítrio; Apreensão Visual; Aprendizagem; Loucura; Relações de Poder; Michel Foucault; Apropriação; Objecto Simbólico; Teorias de Género; Feminismo; Otherness; Castração; Ansiedade; Jogo Fort-Da; Frustração; Impotência; Psychoanalysis; Sexuality; Mirror Stage; Spectatorial Identification; Phallic Signifier; Visual Unfoldness; Voyeurism; Exhibitionism; Free Will; Visual Apprehension; Learning; Madness; Relationships of Power; Appropriation; Symbolic Object; Gender Thories; Feminism; Castration; Anxiety; Fort-Da Game; Frustration; Impotence; Domínio/Área Científica::Ciências Sociais::Ciências da Comunicação

A presente dissertação propõe uma aproximação analítica à obra cinematográfica de Stanley Kubrick (de Lolita a Eyes Wide Shut) a partir da teoria do Gaze, enunciada na 2ª metade do século XX como relevante para o estudo da relação sujeito/objecto e consequente identificação espectatorial nas práticas artísticas. Partindo das bases psicanalíticas desta teoria - Sigmund Freud e principalmente Jacques Lacan, sendo progressivamente acrescentados laivos das teorias de Christian Metz, Laura Mulvey ou Jean-Loup Bourget, apenas para dar alguns exemplos -, pretendeu-se a sua aplicação aos objectos fílmicos kubrickianos, recorrendo a conceitos como voyeur, poder, domínio, frustração ou apropriação. A centralidade das questões sexuais inerente a esta teoria foi também alvo de uma aproximação e análise cuidadas, especialmente no que diz respeito ao questionamento feito pelos movimentos feministas em relação às bases do Gaze e à identidade do sujeito como sendo do género masculino. Os conceitos de loucura e exclusão social foram também enfatizadas através de uma abordagem particular, principalmente por se relacionarem com as relações de poder, permitindo o recurso às teorias de Michel Foucault (“the medical Gaze”). É então proposto um olhar sobre determinado objecto artístico (que aqui se define como a obra fílmica de Kubrick) à luz da sua análise segundo a teoria do Gaze como teoria de aproximação e reflexão estético-artísticas.