Qual o papel da quetiapina na fibromialgia?
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
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Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732022000300281 |
Resumo: | Resumo Introdução: A fibromialgia é uma síndroma reumatológica crónica, de etiologia desconhecida, caracterizada pela distribuição generalizada de queixas álgicas e uma multiplicidade de sintomas. O seu tratamento continua a ser um importante desafio. Alguns fármacos antipsicóticos, como a quetiapina, têm sido estudados como terapêutica adjuvante. No entanto, existe ainda alguma controvérsia relativamente à sua eficácia e segurança. O objetivo deste trabalho foi avaliar o papel da quetiapina no controlo de sintomas em indivíduos com fibromialgia. Métodos: Foi realizada uma revisão bibliográfica com pesquisa de artigos em diferentes plataformas científicas utilizando os termos MeSH fibromyalgia e quetiapine. Foram incluídos estudos que cumpriam os critérios definidos pelo modelo PICOS: (P) adultos com diagnóstico de fibromialgia; (I) plano terapêutico com recurso a quetiapina; (C) placebo ou outro tipo de comparador; (O) alívio de sintomas e perfis de tolerabilidade e segurança; (S) revisões sistemáticas e ensaios clínicos aleatorizados controlados. Foi utilizada a escala Strength of Recommendation Taxonomy, da American Academy of Family Physicians, para avaliação dos níveis de evidência e atribuição de forças de recomendação. Resultados: Dos 66 artigos encontrados foram selecionados três ensaios clínicos aleatorizados controlados. Os resultados encontrados são heterogéneos e apesar de, na sua generalidade, parecerem mostrar vantagem no controlo dos principais sintomas dos doentes com a utilização da quetiapina não foi encontrada evidência robusta que comprove um benefício inequívoco. Os autores relataram boa tolerância e ausência de efeitos adversos severos com o seu uso. Conclusões: A evidência atual é de fraca qualidade, não livre de viés e de difícil generalização, apesar de aparentemente favorável no alívio parcial de alguns sintomas de doentes com fibromialgia (força de recomendação B). Este perfil positivo não é sustentado por significância estatística. É necessário realizar novos estudos, mais robustos, com estrutura e metodologia mais específicas, claras e consensuais, de forma a chegar a conclusões de qualidade. |
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