Televisões globais, história única
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11144/824 |
Resumo: | TAL COMO SUCEDEU com Chimamanda Adichi, que só começou a ter uma visão mais próxima da sua Nigéria natal quando come- çou a ler literatura africana – nomeadamente Chinua Achebe e Camara Laye – assim o mundo muçulmano só começou a reconhecer melhor a sua própria imagem televisiva e a sua própria história recente após a criação da rede do Quatar, a Al Jazeera. A Al Jazeera, que signifi ca «a ilha» em árabe, arrancou a 1 de Novembro de 1996, pretendendo ser uma espécie de CNN para o mundo islâmico. Contudo, só após o 11 de Setembro começou a ser mais conhecida no Ocidente, mas quase nunca pelas boas razões ocidentais. O novo mensageiro narrava os factos em função desse «outro», em tempos dito «infi el», e tanto bastava para que o Norte determinasse a morte desse aliení- gena. Bush e Blair ter-se-ão entendido nessa matéria, segundo relatou Jeremy Scahill na The Nation. A rede do Quatar tornou-se assim a voz desse «outro» e do «mal». Mas também é verdade que a própria comunicação estratégica israelita, sempre que necessita, não deixa de ocupar esse «demonizado» espaço. A «ilha» não deixa, pois, de realizar a metáfora, sendo neste caso uma porção de discurso rodeado de mensagem por todos os lados |
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Televisões globais, história únicaTAL COMO SUCEDEU com Chimamanda Adichi, que só começou a ter uma visão mais próxima da sua Nigéria natal quando come- çou a ler literatura africana – nomeadamente Chinua Achebe e Camara Laye – assim o mundo muçulmano só começou a reconhecer melhor a sua própria imagem televisiva e a sua própria história recente após a criação da rede do Quatar, a Al Jazeera. A Al Jazeera, que signifi ca «a ilha» em árabe, arrancou a 1 de Novembro de 1996, pretendendo ser uma espécie de CNN para o mundo islâmico. Contudo, só após o 11 de Setembro começou a ser mais conhecida no Ocidente, mas quase nunca pelas boas razões ocidentais. O novo mensageiro narrava os factos em função desse «outro», em tempos dito «infi el», e tanto bastava para que o Norte determinasse a morte desse aliení- gena. Bush e Blair ter-se-ão entendido nessa matéria, segundo relatou Jeremy Scahill na The Nation. A rede do Quatar tornou-se assim a voz desse «outro» e do «mal». Mas também é verdade que a própria comunicação estratégica israelita, sempre que necessita, não deixa de ocupar esse «demonizado» espaço. A «ilha» não deixa, pois, de realizar a metáfora, sendo neste caso uma porção de discurso rodeado de mensagem por todos os ladosOBSERVARE. Universidade Autónoma de Lisboa2015-04-07T09:42:06Z2012-01-01T00:00:00Z2012info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11144/824por978-989-619-221-1Cádima, Francisco Ruiinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-01-11T02:23:44Zoai:repositorio.ual.pt:11144/824Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T01:34:46.588871Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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