Avaliação de Diferentes Metodologias de Quantificação das Emissões de Gases com Efeito de Estufa do Transporte Rodoviário – Caso de estudo da SUMOL + COMPAL

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rodrigues, Rafael das Neves Mota
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10362/104200
Resumo: A presente dissertação tem como principais objetivos a realização de um inventário de emissões de gases com efeito de estufa (GEE), avaliando a pegada de carbono da frota de serviço e da frota de distribuição, própria e externa da SUMOL+COMPAL e a comparação de resultados obtidos por diferentes metodologias com vista à obtenção de resultados mais próximos da realidade. O cálculo da pegada de carbono respeitante ao transporte rodoviário pela frota de serviço e de distribuição da SUMOL+COMPAL teve por base a comparação dos resultados obtidos através duas metodologias distintas, a metodologia EMEP/EEA Guidebook da Agência Europeia do Ambiente e a metodologia do DEFRA (Department of Environment, Food and Rural Affairs) do Reino Unido, seguindo o quadro metodológico do GHG Protocol. No cálculo das emissões de GEE apenas foi considerado Portugal Continental como objeto de inventariação. Na distribuição de produtos e mercadorias apenas se consideraram as emissões associadas a prestadores de serviços de transporte e frota própria ou alugada. Foram excluídos os distribuidores e operadores logísticos. O cálculo das emissões de GEE teve apenas em consideração a utilização e operacionalidade dos veículos, tendo sido excluídas emissões associadas à extração, refinação e transporte de combustíveis, bem como ao fabrico dos veículos. As emissões de GEE calculadas para a frota de serviço e frota de distribuição da SUMOL+COMPAL utilizando os fatores de emissão da metodologia do EMEP/EEA Guidebook são menores do que as emissões de GEE obtidas utilizando os fatores de emissão da metodologia do DEFRA, existindo uma diferença de 11,27 %. Apesar de serem os mais baixos, conclui-se que os resultados obtidos através da metodologia do EMEP/EEA Guidebook são mais próximos da realidade, por considerarem mais variáveis na contabilização das emissões de GEE por parte dos veículos. No que respeita aos cálculos das emissões de GEE da frota de distribuição (externa) foram calculadas as emissões através das duas metodologias anteriormente referidas (EMEP/EEA Guidebook e DEFRA), não incluindo a totalidade dos movimentos, mas apenas uma amostra de rotas de entrega de produtos, tendo em consideração por exemplo, a variação do peso transportado pelos veículos ao longo do trajeto. Posteriormente, utilizando a metodologia EMEP/EEA Guidebook, os resultados obtidos foram comparados com um método de cálculo simplificado, excluindo nomeadamente as variações de carga ao longo do trajeto. Verifica-se um acréscimo global de 1,88 % no total das emissões de GEE quando se realiza o cálculo menos pormenorizado, sendo que se conclui que, para as empresas não é compensatório o cálculo das emissões GEE recorrendo à análise detalhada das rotas de entrega de produtos, dado o tempo que é necessário despender para a sua realização e tal traduzir-se numa melhoria marginal dos resultados. Os resultados calculados através da metodologia EMEP/EEA Guidebook sem simplificação associada às rotas de entrega de produtos, para o ano de 2018, foram os seguintes: • As emissões de GEE totais foram 7 097 toneladas de CO2 equivalente; • As emissões de GEE da frota de serviço foram de 1 763 toneladas de CO2 equivalente; • As emissões de GEE da frota de distribuição foram de 5 334 toneladas de CO2 equivalente (473 toneladas de CO2 associadas à frota de distribuição própria e 4 861 toneladas de CO2 equivalente associadas à frota de distribuição externa)
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