Injeção Ecoguiada de Toxina Botulínica em Crianças com Sialorreia: Procedimento Minimamente Invasivo e Eficaz
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Data de Publicação: | 2016 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.25754/pjp.2016.8811 |
Resumo: | Introdução: A sialorreia, ou seja, o derrame involuntário de saliva para além da margem da boca, é considerada patológica a parti r dos 4-6 anos e associa-se frequentemente a doenças neurológicas. A injeção de toxina botulínica nas glândulas salivares major diminui a secreção de saliva por interrupção temporária das inervações secreto-motoras, pelo que se tem vindo a tornar uma das principais técnicas usadas no tratamento da sialorreia. Tratando-se de uma administração local, contornam-se, assim, os efeitos colaterais associados à medicação anti colinérgica sistémica comummente uti lizada nesta patologia. Com este estudo, os autores pretenderam avaliar os efeitos da aplicação ecoguiada de toxina botulínica ti po A nas glândulas salivares no tratamento de crianças com sialorreia decorrente de distúrbios neurológicos. Métodos: Avaliação dos doentes com sialorreia crónica tratados no hospital com injeção percutânea ecoguiada de toxina botulínica tipo A num período de quatro anos. Da amostra fi zeram parte 19 doentes, nove (47,4%) do género feminino e 10 (52,6%) do género masculino, com idades entre os 2 e os 17 anos (média 8,84 ± 5,9 anos). Resultados: Nos doentes submeti dos a duas ou mais administrações de toxina botulínica, constatou-se uma redução significativa da sialorreia ao longo das avaliações clínicas. A classifi cação de sialorreia nível V, que traduz o nível mais severo, teve uma frequência de 78,9% na avaliação inicial e de 21,1% após a primeira injeção, sendo inexistente após a terceira avaliação. Discussão: A injeção percutânea ecoguiada de toxina botulínica nas glândulas salivares revelou-se uma técnica eficaz e segura no tratamento da sialorreia crónica em idade pediátrica. |
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