Inclusão de alunos de 1º ciclo com necessidades educativas especiais
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.8/3521 |
Resumo: | O presente trabalho pretende dar a conhecer como é feita a inclusão, no 1º ciclo do ensino básico do Agrupamento de escolas Josefa de Óbidos, em Óbidos, de crianças com Necessidades Educativas Especiais, segundo a perceção dos professores. Na sequência deste objetivo tentámos perceber como é que os docentes do 1º Ciclo compreendem a dinâmica da inclusão no Agrupamento de Escolas Josefa de Óbidos, em Óbidos, adequam estratégias de trabalho à problemática dos alunos com Necessidades Educativas Especiais (NEE) e tentámos, também, interpretar as dificuldades sentidas pelos docentes, no que concerne à implementação dessas estratégias. Esta investigação, de natureza qualitativa, inseriu-se na categoria exploratória-descritiva. Foram realizadas entrevistas a um terço das docentes de primeiro ciclo (existem vinte e uma turmas de primeiro ciclo e foram entrevistadas sete docentes). Trabalharam-se as entrevistas e analisaram-se documentos do agrupamento Josefa de Óbidos, nomeadamente o Regulamento Interno, o Projeto Educativo e o Projeto NIMO. O trabalho de campo permite-nos concluir que existe uma noção vaga e difusa de inclusão. Sentimos que ainda há muito a trabalhar no sentido de caminharmos para uma verdadeira inclusão, como sinónimo da inexistência da exclusão. Transparecem as dificuldades na gestão do espaço da sala de aula e na implementação da diferenciação pedagógica e de estratégias inclusivas de forma a trabalhar-se com os grupos turma como um todo. Transparecem também as dificuldades na lecionação dos conteúdos na turma, como um todo, no entender dos elementos constituintes da amostra, devido aos programas extensos e complexos para a (i)maturidade e idade cronológica das crianças, ao elevado número de alunos por turma e à heterogeneidade dos grupos turma. Contudo, os alunos aderem às atividades propostas e sentem-se como fazendo parte dos grupos turma a que pertencem. A inclusão implica diferenciação pedagógica, trabalho colaborativo com entreajuda, com tutoria de pares, de acordo com os interesses dos alunos e respeitando os seus estilos de aprendizagem. A inclusão pressupõe que todos os alunos se sintam como sendo parte integrante do grupo turma e que não se sintam diferentes; pressupõe ainda grupos heterogéneos, onde os elementos mais necessitados se sentem apoiados pelos pares e têm um papel ativo na construção do seu conhecimento. Cabe à escola dar vii resposta a todos os alunos, nomeadamente aos alunos com necessidades educativas especiais, incutindo responsabilidades, autonomia e espírito de entreajuda ao grande grupo, adaptando processos e avaliação às características das crianças/jovens aprendentes. É a escola que tem que se moldar às características dos alunos e não o inverso. Neste sentido, é importante que os docentes alterem a sua postura em sala de aula e de uma forma geral, no que concerne às práticas inerentes à sua profissão, que em vez de meros transmissores de informação sejam parceiros e mediadores na construção do conhecimento, contribuindo para o desenvolvimento integral dos alunos, preparando-os para o futuro, dando-lhes ferramentas para responderem eficazmente aos desafios da sociedade global atual. |
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