Ludo-estética

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pereira, Pedro Miguel Celestino
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10451/32373
Resumo: A presente tese tem como objectivo demonstrar a ligação entre o jogo e a arte e as suas consequências ontológicas e estéticas, únicas dessa ligação. Primeiro começo por analisar as definições clássicas de jogo como as de Huizinga ou Suits, mostrando que não são capazes de alcançar o conceito de jogo na totalidade, pelo que proponho uma definição de jogo que penso ser capaz de lidar com as diversas facetas do mesmo. De seguida demonstro a forma como os jogos, especialmente os jogos de vídeo, podem ser obras de arte, mostrando as semelhanças ontológicas e estéticas entre os dois e demonstrando que essas semelhanças fazem com que, pelo menos alguns, jogos sejam obras de arte. No entanto os jogos trazem novas características à arte, nomeadamente, a interactividade e acção do jogador na própria obra. Como consequência a obra de arte do jogo de vídeo é pensada como uma obra para a qual o jogador necessita de contribuir, ontológica e esteticamente. Isto têm ainda uma consequência única na experiência estética, a tripartição entre os criadores do jogo, os jogadores e os espectadores. Abordo ainda a questão da narrativa nos jogos, na qual argumento que nem todos os jogos são necessariamente uma narrativa, mas que qualquer jogo, mesmo não o sendo, pode dar origem a uma narrativa. Por fim, exponho as qualidades estéticas únicas dos jogos. Nomeadamente, a forma de nos ligarmos com o jogo. A forma como os elementos estéticos tradicionais afectam a experiência ludoestética, sendo uma forma de modular as nossas acções e escolhas. E finalmente, que existe uma estética da escolha através de regras que ditam possibilidades, necessidades e impossibilidades existentes nos mundos de possibilidades que são os jogos de vídeo.
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