Experiências adversas na infância e violência nas relações de intimidade : o papel mediador da regulação emocional

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Duarte, Joana Filipa da Silva
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10437/6929
Resumo: O presente estudo pretende explorar o papel mediador da regulação emocional na associação entre as experiências adversas precoces e a perpetração de violência nas relações de intimidade (VRI) entre jovens adultos. Pretende também, a título exploratório, testar o papel potencialmente moderador da regulação emocional na associação entre experiências adversas precoces e VRI. Os participantes são jovens adultos (M = 21; DP = 2,45; 65% mulheres), sendo usada uma amostra por conveniência. Foram administrados os seguintes instrumentos: Trait Meta-Mood Scale (TMMS, Salovey, Mayer, Goldman, Turvey y Palfai, 1995; versão adaptada de Cabral & Matos, 2004), Inventário de Conflitos nas Relações de Namoro entre Adolescentes (CADRI, Wolfe, Scott, Reitzel-Jaffe, Wekerle, Grasley e Straatman, 2001; versão adaptada de Saavedra, Machado, Martins & Vieira, 2008) e o Questionário de História da Infância (ACE, Felitti e Anda, 1998; versão adaptada de Pinto & Maia, 2013). Os resultados sugerem que a experiência adversa na infância é preditora da desregulação emocional e da VRI. Para além disso, revelam ainda que a regulação emocional medeia a associação entre experiência adversa precoce e VRI, mas não modera essa mesma associação. Com base nos resultados destaca-se a importância da intervenção com jovens vítimas de adversidade ou envolvidos em relações violentas. Este estudo sublinha a relevância da regulação emocional como potencial fator protetor ou de risco do impacto da adversidade na infância e do envolvimento e manutenção de relações íntimas violentas. Assim, importará dirigir a intervenção com jovens vítimas de adversidade na infância e envolvidos em relações abusivas para a promoção das estratégias de regulação emocional.
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