Relações de poder em Vigiar e Punir: O nascimento da prisão
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.21/6602 |
Resumo: | O livro Vigiar e punir: O nascer da prisão, escrito em 1975, tem como objetivo mais visível desmontar o suposto humanismo dos reformadores penais do Séc. XVIII, em França, que na linha do iluminismo, propuseram a substituição do suplício pela prisão como método punitivo e ressocializador de delinquentes, resultando em mudanças nas relações de poder. Nele, Foucault teoriza uma conceção não juridíca do poder, a partir das práticas sociais e jurídicas nos séculos XVII e XVIII. Nesta conceção não juridica do poder – o poder disciplinar –, o autor coloca especial ênfase nas relações entre poder e saber. Apresenta-o como transversal à sociedade, uma vez que o poder está em todo o lugar e em todas as coisas, mostrando que o mesmo tem duplo aspeto: a parte visível (instituições sociais) e a parte invisível (o dispositivo), no interior do qual circulam novas intensidades de poder, refletindo a paisagem mental de uma época. Aborda os principais aspetos do poder disciplinar dando ênfase à disciplina como forma dessa modalidade de poder e a sua mudança da época clássica para a modernidade, mostrando as suas mutações e técnicas naqueles séculos. Apresenta a passagem do exercício do poder diretamente sobre o corpo do indivíduo para a privação dos seus direitos e liberdade, demonstrando que não existem sociedades livres de relações de poder. Trata o controlo social na sociedade disciplinar, ao apresentar inúmeros processos de objetivação que ocorrem nas redes de poderes, que capturam, dividem e classificam os indivíduos, como a criação do sistema panótico. Neste, a relação de poder é de sujeição constante do indivíduo. O panotismo constituiu-se num poder produtor de saber que regula a vida dos indivíduos. |
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