(In)sucesso da telessaúde: Fatores que influenciam o processo de implementação e normalização nas organizações de saúde

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Batista, Ana Sofia Leal
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10071/25527
Resumo: A telessaúde tem sido uma estratégia utilizada para combater alguns desafios a que os sistemas de saúde têm sido sujeitos, mas a sua implementação bem-sucedida na rotina dos profissionais de saúde continua a ser influenciada por múltiplos fatores. Torna-se essencial que os gestores das organizações de saúde recorram a instrumentos fiáveis que permitam identificar, caracterizar e explicar os mecanismos que motivam o processo de implementação e afetam os resultados da telessaúde. Com o objetivo de identificar os fatores que influenciam a implementação da telessaúde sob a perspetiva dos profissionais de saúde, desenvolveu-se um questionário online na plataforma Google Forms, com base na versão inglesa do instrumento NoMAD. Foram recolhidas 131 respostas válidas (M=95 e H=36). Os utilizadores cobrem um intervalo de idades, anos de experiência, contextos e profissões bastante vasto. Apenas 31 profissionais utilizam a telessaúde. O domínio da ação coletiva apresenta a média geral mais baixa (M=3,41) e o domínio da participação cognitiva a média mais elevada (M=4,08). Não existem diferenças significativas dos domínios entre os diferentes grupos profissionais e contextos (p>0,05), mas são significativas para a função desempenhada na telessaúde (p<0,05) e para diferentes anos de experiência (p<0,01). Não foi identificado nenhum domínio responsável pelo insucesso da implementação da telessaúde na rotina diária dos profissionais. Estes reconhecem o valor deste serviço, mas apontam falhas na formação, desenvolvimento de competências, recursos disponíveis, liderança e envolvimento organizacional como fatores que levam a uma normalização menos positiva da telessaúde na prática diária.
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