Diabetes relacionada com Fibrose Quística: o valor da monitorização contínua da glicose versus prova de tolerância à glicose oral

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santalha, Marta
Data de Publicação: 2014
Outros Autores: Barbosa, Telma, Amaral, Brígida, Borges, Teresa, Ribeiro, Luís, Oliveira, Maria João, Cardoso, Helena, Senra, Vírgilio, Rocha, Herculano
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.25754/pjp.2014.3213
Resumo: A diabetes é uma importante complicação da fibrose quística (FQ) e se não tratada, condiciona deterioração do estado nutricional e pulmonar. Objetivo e métodos: Avaliar o perfil de glicose dos doentes com FQ seguidos num centro pediátrico terciário, através do sistema de monitorização contínua da glicose (MCG); comparar com os resultados obtidos na prova de tolerância à glicose oral (PTGO) e doseamento da HbA1c. Critérios de exclusão: idade inferior a dez anos, terapêutica imunossupressora, corticoterapia sistémica, transplantados ou com o diagnóstico já estabelecido de diabetes. Resultados: Foram incluídos nove doentes, cinco do sexo masculino, com idade média de 14,8 anos. A mutação ?F508 em homozigotia estava presente em três casos. A PTGO foi normal em oito casos, sendo que num caso revelou anomalia da glicemia em jejum. O valor médio da HbA1c foi de5,4 + 0,3% [5,1-5,9%]. Na MCG o valor médio global da glicose, da glicose mínima e máxima foi de 102,7+ 8,2 mg/dl, 63,2+ 13,7 mg/dl e 164,5+ 27 mg/dl, respetivamente. Verificaram-se picos de glicose superiores a 140 mg/dl em sete doentes, um dos quais superior a 200 mg/dl. Em cinco doentes ocorreram hipoglicemias assintomáticas. Conclusão: A maioria dos doentes obteve um perfil de glicose durante a MCG com valores inferiores a 200mg/dl. Contudo, observaram-se valores patológicos em mais de metade dos casos. As hipoglicemias assintomáticas encontradas no estudo podem refletir uma secreção inapropriada de insulina. Os autores consideram que a MCG permite um melhor diagnóstico de distúrbios da glicose nos doentes com FQ, comparativamente à PTGO.
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