El tiempo que no cesa : la erosión de la frontera carcelaria
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2004 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | spa |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1822/5257 |
Resumo: | O tempo no cárcere não é de uma espécie diferente do que transcorre no mundo livre, mas salienta-se aí de um outro modo. Quando uma sentença se exprime em meses ou em anos de privação de liberdade, o tempo é mais do que um aspecto da vida de reclusão. Confunde-se com ela e figura em coincidência com os processos que nele têm lugar. Mas se o tempo tem aqui uma tal saliência, ele vem por seu turno tornar mais salientes as lógicas da experiência carcerária. Examinar o modo como ele é vivido e representado na prisão constitui assim uma via fundamental para compreender a própria reclusão. A partir de dois períodos de trabalho de campo numa instituição prisional feminina portuguesa proponho-me mostrar como uma transformação na relação com o tempo veio evidenciar uma profunda mutação na natureza da prisão contemporânea. |
id |
RCAP_63ae12743dac0e27b2f452f79f1376e1 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorium.sdum.uminho.pt:1822/5257 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
El tiempo que no cesa : la erosión de la frontera carcelariaTempoPrisãoTiempoCárcelO tempo no cárcere não é de uma espécie diferente do que transcorre no mundo livre, mas salienta-se aí de um outro modo. Quando uma sentença se exprime em meses ou em anos de privação de liberdade, o tempo é mais do que um aspecto da vida de reclusão. Confunde-se com ela e figura em coincidência com os processos que nele têm lugar. Mas se o tempo tem aqui uma tal saliência, ele vem por seu turno tornar mais salientes as lógicas da experiência carcerária. Examinar o modo como ele é vivido e representado na prisão constitui assim uma via fundamental para compreender a própria reclusão. A partir de dois períodos de trabalho de campo numa instituição prisional feminina portuguesa proponho-me mostrar como uma transformação na relação com o tempo veio evidenciar uma profunda mutação na natureza da prisão contemporânea.El tiempo en la cárcel no es de una especie diferente del que transcurre en el mundo libre, pero éste no se destaca allí del mismo modo. Y es que su importancia es extrema cuando una sentencia se expresa en meses o años de privación de libertad. En vez de ser un aspecto más de la vida en reclusión, el tiempo parece que se confunde con ella. Si el tiempo adquiere en este espacio tal importancia, de manera inversa también hace que resalten más las lógicas de la experiencia carcelaria. Por esto, examinar el modo como éste se vive y representa en la prisión constituye una vía fundamental para comprender la propia reclusión.2 Con base en dos periodos de trabajo de campo en Tires, la principal institución carcelaria femenina portuguesa, separados por una década (1987-1989 y 1997), se pretende demostrar cómo una transformación en la relación con el tiempo puede ilustrar un cambio profundo en la naturaleza de la prisión contemporánea.Wenner-Gren Foundation for Anthropological Research.Universidade do MinhoCunha, Manuela Ivone P. da20042004-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/1822/5257spa“Renglones”:58/59 (2004/2005) 32-41.info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-21T12:01:26Zoai:repositorium.sdum.uminho.pt:1822/5257Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T18:51:20.895096Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
El tiempo que no cesa : la erosión de la frontera carcelaria |
title |
El tiempo que no cesa : la erosión de la frontera carcelaria |
spellingShingle |
El tiempo que no cesa : la erosión de la frontera carcelaria Cunha, Manuela Ivone P. da Tempo Prisão Tiempo Cárcel |
title_short |
El tiempo que no cesa : la erosión de la frontera carcelaria |
title_full |
El tiempo que no cesa : la erosión de la frontera carcelaria |
title_fullStr |
El tiempo que no cesa : la erosión de la frontera carcelaria |
title_full_unstemmed |
El tiempo que no cesa : la erosión de la frontera carcelaria |
title_sort |
El tiempo que no cesa : la erosión de la frontera carcelaria |
author |
Cunha, Manuela Ivone P. da |
author_facet |
Cunha, Manuela Ivone P. da |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Universidade do Minho |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Cunha, Manuela Ivone P. da |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Tempo Prisão Tiempo Cárcel |
topic |
Tempo Prisão Tiempo Cárcel |
description |
O tempo no cárcere não é de uma espécie diferente do que transcorre no mundo livre, mas salienta-se aí de um outro modo. Quando uma sentença se exprime em meses ou em anos de privação de liberdade, o tempo é mais do que um aspecto da vida de reclusão. Confunde-se com ela e figura em coincidência com os processos que nele têm lugar. Mas se o tempo tem aqui uma tal saliência, ele vem por seu turno tornar mais salientes as lógicas da experiência carcerária. Examinar o modo como ele é vivido e representado na prisão constitui assim uma via fundamental para compreender a própria reclusão. A partir de dois períodos de trabalho de campo numa instituição prisional feminina portuguesa proponho-me mostrar como uma transformação na relação com o tempo veio evidenciar uma profunda mutação na natureza da prisão contemporânea. |
publishDate |
2004 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2004 2004-01-01T00:00:00Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/1822/5257 |
url |
http://hdl.handle.net/1822/5257 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
spa |
language |
spa |
dc.relation.none.fl_str_mv |
“Renglones”:58/59 (2004/2005) 32-41. |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799132285120806912 |