Avaliação da composição em micronutrientes do tomate consoante a variedade e modo de colheita

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Costa, Francelina Faria
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10316/13503
Resumo: Dissertação de mestrado em Nutrição Clínica, apresentada à Fac. de Medicina da Univ. de Coimbra
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spelling Avaliação da composição em micronutrientes do tomate consoante a variedade e modo de colheitaTomate-- composição em micronutrientesTomate-- variedadeTomate-- modo de colheitaTomate-- consumoDissertação de mestrado em Nutrição Clínica, apresentada à Fac. de Medicina da Univ. de CoimbraO tomate é o fruto da planta Lycopersicon lycopersicum ou Lycopersicon esculuntum da família das Solanáceas originária da América Central e do Sul. Foi introduzido na Europa no Sec. XVI pelos Espanhóis. Apesar da sua composição ser maioritariamente água (93-94%), a importância do tomate na alimentação tem vindo a aumentar nos últimos anos, sobretudo devido aos seus teores em micronutrientes com propriedades antioxidantes, constituindo a maior fonte de licopeno conhecida até hoje. Nesse sentido, e atendendo a que o tomate continua o seu processo de amadurecimento depois de colhido, decidimos efectuar um estudo comparativo entre três das variedades de tomate mais consumidas em Portugal (redondo, chucha e cereja) em três estadios de maturação. As amostras utilizadas no estudo foram provenientes de três zonas do País, Ribatejo (Golegã e Torres Novas), Douro Litoral (Póvoa de Varzim) e Beira Litoral (Arazede) e de dois tipos de cultura, biológica e intensiva. Nesta sequência foram estudados os teores em cálcio (Ca), fósforo (P), magnésio (Mg), potássio (K), selénio (Se), sódio (Na) zinco (Zn), e licopeno. A determinação do Ca, Mg, Se e Zn foi efectuada por espectrofotometria de absorção atómica; Na e K foram determinados por fotometria de chama; P por colorimetria por reacção com ácido molíbdico e sulfato ferroso e, o licopeno, por cromatografia líquida de alta resolução com detecção ultra-violeta (HPLC-UV). A variedade cereja foi a que apresentou um maior conteúdo em minerais. À medida que decorreu o processo de amadurecimento fora do tomateiro, os teores em Zn, P, Na e K não sofreram variações significativas. Diferenças significativas foram observadas para o Ca, Mg e especialmente para o Se. O conteúdo inicial em Ca e Mg diminuiu ao longo da maturação. Contrariamente, registou-se um aumento do teor em Selénio. Para as variedades estudadas, verificou-se que a maturação após colheita superior a 11 dias, origina uma diminuição no conteúdo total em minerais. Independentemente da variedade, e, como era de esperar, verificou-se que o tomate maduro foi o que apresentou maior teor em licopeno, sendo, por isso aquele cujo consumo traz maior benefício para a qualidade de vida da população. Este carotenóide com acção antioxidante, contribui para a prevenção de doenças degenerativas, cardiovasculares e de certos tipos de cancro. Os resultados obtidos foram similares para as três variedades de tomate em estudo. Verificou-se que no dia 0 (dia em que os tomates foram colhidos) o estadio maduro apresentava uma quantidade de licopeno muito superior, enquanto que no estadio verde as quantidades eram vestigiais. Ao longo da maturação após colheita, as quantidades de licopeno nos estadios meio-maduro e verde foram aumentando. Contudo, nos frutos colhidos no estadio verde os teores em licopeno permaneciam, ainda assim muito inferiores em relação aos colhidos nos estadios meio-maduro e maduro. Para as variedades estudadas, registou-se que, de forma global, uma maturação após colheita superior a 11 dias, não representa uma mais-valia considerável, nos teores em licopeno. Os dados obtidos permitem ainda auxiliar o sector da produção a escolher o momento mais adequado para a colheita de cada uma das variedades de tomate e assim acrescentar valor a este importante produto nacional, quer para a saúde da população, quer para a economia portuguesa.The tomato is the fruit of the plant Lycopersicon lycopersicum or Lycopersicon esculuntum of the Solanaceae family originating in Central and South America. It was introduced in Europe in the 16th century by the Spanish. Although its composition is mostly water (93-94%), the importance of tomatoes in our diets has increased in recent years due to their high level of micronutrients with antioxidant properties. Of particular importance is lycopene, for which the tomato is the largest source known today. Lycopene, a carotenoid with antioxidant properties, contributes to the prevention of degenerative diseases, cardiovascular diseases and certain cancers. We made a comparative study of three tomato varieties most widely consumed in Portugal (round, pear and cherry) in three stages of ripening. The samples used in the study were from three regions of Portugal: Ribatejo (Tomar and Torres Novas), Douro Litoral (Póvoa de Varzim), and Beira Litoral (Arazede). Different types of culturing processes were also studied, biological and intensive. Subsequently, we studied the levels of calcium (Ca2+), phosphorus (P+), magnesium (Mg2+), potassium (K+), selenium (Se), sodium (Na+), zinc (Zn+), and lycopene. The determination of Ca, Mg, Se and Zn was carried out by atomic absorption spectrophotometry, Na and K were determined by flame photometry, P by colorimetry by reaction of molybdic acid and ferrous sulfate, and lycopene by high performance liquid chromatography resolution with ultraviolet detection (HPLC-UV). The cherry variety of tomato had a higher mineral content among the three varieties studied. Nonetheless, regardless of the variety of tomato, it was observed that as the tomato ripened the levels of Zn, P, Na and K did not vary significantly. However, a significant decrease was observed for Ca and Mg. In contrast, a significant increase of Se was observed. Overall, it was found that all varieties of tomato that underwent ripening for a period of 11 days after harvest had a decrease in total mineral content. Furthermore, regardless of variety, and as expected, it was found that the ripe tomato showed the highest content of lycopene, and is therefore one whose consumption brings more benefit to the quality of living. Specifically, it was found that at day 0 (the day the tomatoes were harvested), there was a much higher level of lycopene, than tomatoes that were unripe. As the tomatoes continued to ripen after harvest, their levels of lycopene increased. The highest levels of lycopene were observed in tomatoes that had a ripening period of 11 days after harvest. The data obtained provides further aid to the agricultural sector to choose the most appropriate time for the harvest of each variety of tomato, and thus add value to this important national product, both for people's health and for the Portuguese economy.2009info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10316/13503http://hdl.handle.net/10316/13503porCosta, Francelina Faria - Avaliação da composição em micronutrientes do tomate consoante a variedade e modo de colheita. Coimbra, 2009Costa, Francelina Fariainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-01-20T17:48:43Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/13503Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T20:44:17.487727Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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