Qualidade de vida e sintomatologia psicopatológica em pais de crianças com diagnóstico de deficiência/anomalia congénita: A importância das características de resiliência

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Albuquerque,Sara
Data de Publicação: 2013
Outros Autores: Pereira,Marco, Fonseca,Ana, Canavarro,Maria Cristina
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82312013000200005
Resumo: O objetivo do presente estudo consistiu em avaliar a adaptação parental, em termos de sintomatologia psicopatológica e qualidade de vida (QdV), bem como avaliar a influência das características de resiliência parental na sua adaptação, bem como na adaptação do(a) parceiro(a). A amostra foi constituída por 90 participantes (45 casais), pais de crianças com um diagnóstico de deficiência/AC. O protocolo de avaliação incluiu a Escala de Resiliência para Adultos (ERA), o Inventário de Sintomas Psicopatológicos (BSI-18) e o instrumento de avaliação de QdV da Organização Mundial de Saúde, WHOQOL-Bref. Os resultados mostraram que as mães apresentaram valores mais elevados na dimensão ansiedade (p<.01), no índice geral de gravidade (p<.01) e pior QdV psicológica (p<.05). As mães apresentaram valores mais elevados de resiliência, em particular de coesão familiar (p<.05). Em ambos os pais, a resiliência mostrou-se associada a menor sintomatologia psicopatológica e a resultados mais elevados de QdV. A resiliência materna não se mostrou significativamente associada à adaptação paterna mas, constatou-se que níveis elevados de resiliência paterna se associaram a menor sintomatologia psicopatológica e melhor QdV materna. Os resultados deste estudo evidenciam o papel protetor da resiliência na adaptação parental ao diagnóstico de anomalia congénita da criança. Adicionalmente, estes resultados enfatizam a necessidade de avaliar e promover os recursos parentais. Por fim, ressalta-se a necessidade de avaliação do casal como unidade de análise e os potenciais efeitos cruzados no desenho de intervenções terapêuticas, reforçando-se o papel da relação conjugal e do contexto interpessoal em que esta problemática ocorre.
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