Contaminantes ambientais e saúde: exposição, impactos, evitamento
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Artigo de conferência |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10174/27554 |
Resumo: | O último século testemunhou uma mudança dramática na forma como os seres humanos vivem e se relacionam com o ambiente, particularmente a partir dos anos 50 do Séc. XX. A necessidade de dar resposta às necessidades quotidianas dos indivíduos, necessidade esta enfatizada pelos horrores da guerra, levou ao desenvolvimento e implementação de novas respostas quase totalmente alicerçadas na indústria química. Os meios de produção utilizados (bem como os produtos resultantes) levaram a uma proliferação global de agentes químicos a uma escala nunca antes vista, redundando em fenómenos amplamente reconhecíveis, tais como o buraco do Ozono e a mudança climática. No entanto, os efeitos destes agentes não se confinam aos ecossistemas. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, fatores ambientais tais como a poluição da água e do ar, desencadeiam um quarto das doenças crónicas e não transmissíveis. E quando, neste contexto, se menciona o ambiente, não se trata, como seria expectável, do ambiente “exterior”, mas sim dos “ambientes construídos”, na qual a permanência do individuo atinge os 80-90% da sua existência. Estes ambientes (casas, escritórios, edifícios e transportes públicos, automóveis) possuem características particulares (tais como isolamento, iluminação artificial e humidade) que atuam como promotoras da proliferação de agentes biológicos (bactérias e fungos) e da concentração de contaminantes químicos. O pó presente em todos estes ambientes, atua como agente de proximidade na transferência destas substâncias entre o ambiente e o indivíduo. Nesta sessão, os diferentes tipos de contaminantes ambientais serão sumariamente descritos, as suas vias de exposição esclarecidas, e os seus impactos abordados, finalizando com um conjunto de conselhos práticos que o clínico pode apresentar aos seus pacientes, por forma a reduzir as exposições e, por consequência os efeitos, sob uma perspetiva de prevenção buscando assim uma participação consequente em ações de saúde integradas. Propõe-se ainda um périplo pela História da Saúde Ambiental e do seu conteúdo normativo em Portugal. Pretende-se também divulgar as muitas das atividades desenvolvidas pelos serviços de Saúde na área da Saúde Ambiental. Perspetivam-se os grandes desafios para o futuro, com particular enfoque nas Alterações Climáticas, Pressão Demográfica e Emergência de novas doenças. |
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