A fundamentação da decisão de facto.
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11328/865 |
Resumo: | A atenção que o legislador ordinário, em concretização de uma vinculação constitucional, progressivamente foi dedicando à obrigação de fundamentar as decisões judiciais, particularmente sobre a matéria de facto, justifica uma abordagem às funções desempenhadas por essa fundamentação. Tal análise permite concluir por uma dupla dimensão: para além de uma função imediata de ordem intraprocessual, enquanto meio de explicar a decisão às partes e de permitir o controlo efetivo da sua racionalidade e legalidade, pelos seus destinatários diretos e pelos tribunais de recurso, a fundamentação desempenha ainda uma outra função, denatureza extraprocessual, funcionando como fator de legitimação do poder judicial, em respeito pelos princípios da legalidade, da independência do juiz e da imparcialidade das suas decisões, e constituindo garantia fundamental do cidadão num Estado de direito, contra qualquer tendência arbitrária. Daí deriva a importância de uma correta elaboração da fundamentação da decisão de facto, que deverá conter, de forma completa, mas sintética, suficiente e coerente, um exame crítico das provas que serviram para formar a convicção do julgador, em ordem a este justificar como chegou à decisão, de modo a torná-la percetível e compreensível pelo conjunto dos seus destinatários, só assim se cumprindo aquela dupla dimensão finalística. Tratando-se de um relatório de atividade profissional, o autor procede também a uma descrição pormenorizada da atividade desenvolvida, incluindo a duração da mesma, os locais onde foi exercida e o trabalho desempenhado, com enfoque na tarefa da fundamentação da decisão de facto. Por fim, efetua uma breve reflexão sobre o nível dedesempenho alcançado no exercício dessa atividade, igualmente com particular referência à questão da motivação da decisão de facto. |
id |
RCAP_64b9326a868604af1f265fc2ff474f01 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.uportu.pt:11328/865 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
|
spelling |
A fundamentação da decisão de facto.Decisão de factoFunção endoprocessualFunção extraprocessualMotivaçãoPrincípio da livre apreciação da provaAnálise crítica da provaImpugnação da decisão de factoDuplo grau de jurisdiçãoA atenção que o legislador ordinário, em concretização de uma vinculação constitucional, progressivamente foi dedicando à obrigação de fundamentar as decisões judiciais, particularmente sobre a matéria de facto, justifica uma abordagem às funções desempenhadas por essa fundamentação. Tal análise permite concluir por uma dupla dimensão: para além de uma função imediata de ordem intraprocessual, enquanto meio de explicar a decisão às partes e de permitir o controlo efetivo da sua racionalidade e legalidade, pelos seus destinatários diretos e pelos tribunais de recurso, a fundamentação desempenha ainda uma outra função, denatureza extraprocessual, funcionando como fator de legitimação do poder judicial, em respeito pelos princípios da legalidade, da independência do juiz e da imparcialidade das suas decisões, e constituindo garantia fundamental do cidadão num Estado de direito, contra qualquer tendência arbitrária. Daí deriva a importância de uma correta elaboração da fundamentação da decisão de facto, que deverá conter, de forma completa, mas sintética, suficiente e coerente, um exame crítico das provas que serviram para formar a convicção do julgador, em ordem a este justificar como chegou à decisão, de modo a torná-la percetível e compreensível pelo conjunto dos seus destinatários, só assim se cumprindo aquela dupla dimensão finalística. Tratando-se de um relatório de atividade profissional, o autor procede também a uma descrição pormenorizada da atividade desenvolvida, incluindo a duração da mesma, os locais onde foi exercida e o trabalho desempenhado, com enfoque na tarefa da fundamentação da decisão de facto. Por fim, efetua uma breve reflexão sobre o nível dedesempenho alcançado no exercício dessa atividade, igualmente com particular referência à questão da motivação da decisão de facto.2014-07-31T10:02:54Z2014-07-31T00:00:00Z2014-07-31info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11328/865TID:201169061porBispo, Jorge Manuel Duarteinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-06-15T02:09:08ZPortal AgregadorONG |
dc.title.none.fl_str_mv |
A fundamentação da decisão de facto. |
title |
A fundamentação da decisão de facto. |
spellingShingle |
A fundamentação da decisão de facto. Bispo, Jorge Manuel Duarte Decisão de facto Função endoprocessual Função extraprocessual Motivação Princípio da livre apreciação da prova Análise crítica da prova Impugnação da decisão de facto Duplo grau de jurisdição |
title_short |
A fundamentação da decisão de facto. |
title_full |
A fundamentação da decisão de facto. |
title_fullStr |
A fundamentação da decisão de facto. |
title_full_unstemmed |
A fundamentação da decisão de facto. |
title_sort |
A fundamentação da decisão de facto. |
author |
Bispo, Jorge Manuel Duarte |
author_facet |
Bispo, Jorge Manuel Duarte |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Bispo, Jorge Manuel Duarte |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Decisão de facto Função endoprocessual Função extraprocessual Motivação Princípio da livre apreciação da prova Análise crítica da prova Impugnação da decisão de facto Duplo grau de jurisdição |
topic |
Decisão de facto Função endoprocessual Função extraprocessual Motivação Princípio da livre apreciação da prova Análise crítica da prova Impugnação da decisão de facto Duplo grau de jurisdição |
description |
A atenção que o legislador ordinário, em concretização de uma vinculação constitucional, progressivamente foi dedicando à obrigação de fundamentar as decisões judiciais, particularmente sobre a matéria de facto, justifica uma abordagem às funções desempenhadas por essa fundamentação. Tal análise permite concluir por uma dupla dimensão: para além de uma função imediata de ordem intraprocessual, enquanto meio de explicar a decisão às partes e de permitir o controlo efetivo da sua racionalidade e legalidade, pelos seus destinatários diretos e pelos tribunais de recurso, a fundamentação desempenha ainda uma outra função, denatureza extraprocessual, funcionando como fator de legitimação do poder judicial, em respeito pelos princípios da legalidade, da independência do juiz e da imparcialidade das suas decisões, e constituindo garantia fundamental do cidadão num Estado de direito, contra qualquer tendência arbitrária. Daí deriva a importância de uma correta elaboração da fundamentação da decisão de facto, que deverá conter, de forma completa, mas sintética, suficiente e coerente, um exame crítico das provas que serviram para formar a convicção do julgador, em ordem a este justificar como chegou à decisão, de modo a torná-la percetível e compreensível pelo conjunto dos seus destinatários, só assim se cumprindo aquela dupla dimensão finalística. Tratando-se de um relatório de atividade profissional, o autor procede também a uma descrição pormenorizada da atividade desenvolvida, incluindo a duração da mesma, os locais onde foi exercida e o trabalho desempenhado, com enfoque na tarefa da fundamentação da decisão de facto. Por fim, efetua uma breve reflexão sobre o nível dedesempenho alcançado no exercício dessa atividade, igualmente com particular referência à questão da motivação da decisão de facto. |
publishDate |
2014 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2014-07-31T10:02:54Z 2014-07-31T00:00:00Z 2014-07-31 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/11328/865 TID:201169061 |
url |
http://hdl.handle.net/11328/865 |
identifier_str_mv |
TID:201169061 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
|
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1777302548191903744 |