Sexualidade nas mulheres com cancro da mama

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Costa, Ângela Teresa de Figueiredo
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/8034
Resumo: O cancro da mama continua a ser o tipo de cancro mais frequente na população feminina, vitimando inúmeras mulheres todos os anos, apesar dos avanços alcançados pela ciência. Em mulheres com cancro da mama, o acometimento de um órgão tão simbólico para o género feminino, bem como para o masculino, acarreta inúmeras consequências que afetam tanto a sua autoimagem, como também a sua sexualidade. Neste sentido, este trabalho de investigação tem como objetivo avaliar até que ponto o cancro da mama afeta o desempenho sexual dessas mulheres e compreender o efeito da terapêutica cirúrgica na sexualidade das mulheres tratadas por cancro da mama. Para tal, foi utilizado um questionário previamente validado para a população portuguesa, Índice de Funcionamento Sexual Feminino, composto por 19 questões que avaliam as diversas fases do ciclo de resposta sexual em mulheres, nomeadamente o Desejo, Excitação Subjetiva, Lubrificação, Orgasmo, Satisfação, e Dor. Neste estudo participaram 112 mulheres, 55 com cancro da mama e 57 sem cancro da mama (Grupo Controlo). Além do questionário foram também recolhidos dados sociodemográficos e no grupo de mulheres com cancro da mama foram ainda questionados: ano de diagnóstico, terapêutica realizada e se já suspendeu ou não a terapêutica hormonal. De um modo geral, as mulheres com cancro da mama deram respostas menos satisfatórias em todos os domínios comparativamente às respostas obtidas pelo grupo controlo. Quanto à importância do tipo de terapêutica cirúrgica realizada, apesar das respostas dadas não serem estatisticamente significativas, as mulheres sujeitas a mastectomia mostraram-se menos satisfeitas com o seu desempenho e vida sexual no geral. Em suma, tendo em conta os resultados obtidos é de extrema importância alertar os profissionais de saúde para esta temática, incentivando-os a falar abertamente sobre a sexualidade com estas mulheres e, além do disso, envolver o casal, para que juntos consigam ultrapassar qualquer vicissitude imposta pela doença ou até pela terapêutica em si.
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