Desenvolvimento de membranas magnéticas para tratamento de cancro
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10362/33787 |
Resumo: | A hipertermia é um tipo de tratamento de cancro, no qual tecido corporal é exposto a altas temperaturas (cerca de 42.5 °C). Recentemente, a hipertermia aplicada através do uso de nanopartículas magnéticas (MNPs), as quais podem gerar calor através da aplicação de um campo magnético alternado, tem sido usada como uma nova forma de terapia do cancro - hipertermia magnética. A incapacidade da hipertermia magnética se assumir como a terapia convencional para o tratamento do cancro, está relacionada com a citotoxicidade das MNPs para altas concentrações, e a incapacidade de direcionar as MNPs ao tumor. O objetivo central deste trabalho foi desenvolver membranas de acetato de celulose (AC) através da técnica de eletrofiação, e incorporar MNPs quer através de adsorção, quer pela sua adição à solução percursora de eletrofiação. A finalidade das membranas é que possam ser utilizadas no tratamento de cancro por hipertermia magnética, permitindo que as MNPs se concentrem na região do tumor. As MNPs foram sintetizadas por precipitação química e estabilizadas com ácido oleico (AO) ou ácido dimercaptosuccínico (DMSA) para evitar a sua agregação. A estabilidade das nanopartículas foi comprovada por DLS (dispersão dinâmica de luz), enquanto a análise de FTIR (espectroscopia de infravermelho por transformada de Fourier) mostrou a sua ligação ao AO ou ao DMSA. Os resultados de TEM (microscopia eletrónica de transmissão) mostraram que o tamanho médio do diâmetro do núcleo das nanopartículas ronda os 10 nm, e a análise VSM (magnetómetro de amostra vibrante) confirmou as propriedades superparamagnéticas das MNPs. O padrão de DRX (difração de raios-X) refletiu a presença de uma estrutura cristalina de magnetite em todas as nanopartículas. A incorporação de MNPs na matriz polimérica foi confirmada por TEM, e corroborada pela análise EDS (espectroscopia de energia dispersiva de raios-X). Os ensaios de hipertermia provaram que algumas membranas têm a capacidade de atingir as temperaturas pretendidas. No entanto, os ensaios de citotoxicidade revelaram que existe um compromisso com a quantidade de MNPs utilizadas. |
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A hipertermia é um tipo de tratamento de cancro, no qual tecido corporal é exposto a altas temperaturas (cerca de 42.5 °C). Recentemente, a hipertermia aplicada através do uso de nanopartículas magnéticas (MNPs), as quais podem gerar calor através da aplicação de um campo magnético alternado, tem sido usada como uma nova forma de terapia do cancro - hipertermia magnética. A incapacidade da hipertermia magnética se assumir como a terapia convencional para o tratamento do cancro, está relacionada com a citotoxicidade das MNPs para altas concentrações, e a incapacidade de direcionar as MNPs ao tumor. O objetivo central deste trabalho foi desenvolver membranas de acetato de celulose (AC) através da técnica de eletrofiação, e incorporar MNPs quer através de adsorção, quer pela sua adição à solução percursora de eletrofiação. A finalidade das membranas é que possam ser utilizadas no tratamento de cancro por hipertermia magnética, permitindo que as MNPs se concentrem na região do tumor. As MNPs foram sintetizadas por precipitação química e estabilizadas com ácido oleico (AO) ou ácido dimercaptosuccínico (DMSA) para evitar a sua agregação. A estabilidade das nanopartículas foi comprovada por DLS (dispersão dinâmica de luz), enquanto a análise de FTIR (espectroscopia de infravermelho por transformada de Fourier) mostrou a sua ligação ao AO ou ao DMSA. Os resultados de TEM (microscopia eletrónica de transmissão) mostraram que o tamanho médio do diâmetro do núcleo das nanopartículas ronda os 10 nm, e a análise VSM (magnetómetro de amostra vibrante) confirmou as propriedades superparamagnéticas das MNPs. O padrão de DRX (difração de raios-X) refletiu a presença de uma estrutura cristalina de magnetite em todas as nanopartículas. A incorporação de MNPs na matriz polimérica foi confirmada por TEM, e corroborada pela análise EDS (espectroscopia de energia dispersiva de raios-X). Os ensaios de hipertermia provaram que algumas membranas têm a capacidade de atingir as temperaturas pretendidas. No entanto, os ensaios de citotoxicidade revelaram que existe um compromisso com a quantidade de MNPs utilizadas. |
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