Estímulo do crescimento de sobreiros jovens pela utilização de abrigos individuais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Dias, A.S.
Data de Publicação: 1991
Outros Autores: Tomé, J., Dias, L.S., Nunes, J., Silva, A.M., Pereira, J.S.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10174/11912
Resumo: Abrigos individuais (estufins) podem ser usados na protecção de sobreiros jovens após plantação, podendo as plantas instaladas no seu interior beneficiar do "efeito de estufa" criado pelos abrigos. Neste trabalho apresentam se e discutem se alguns dos resultados já obtidos com abrigos deste tipo nas condições climáticas do Sul de Portugal. Utilizaram se dois tipos de abrigo de material plástico: (A) cilíndrico com 0.75 m de altura em PVC fumado com rede incorporada, e (B) paralelipipédico, de secção quadrada com 1.22 m de altura em polipropileno canelado de cor castanha. Efectuaram se registos de temperatura e radiação (PAR) no exterior e interior dos abrigos em vários períodos do ano verificando se um aumento da temperatura média do ar no interior dos dois abrigos e um ensombramento superior no abrigo B. O desenvolvimento das plantas instaladas nos abrigos e testemunha foi avaliado com base em medições da altura, compri¬mento dos ramos, número e área foliar, comprimento radicular e produção de biomassa. Os resultados mostram que o crescimento em altura é estimulado pelos abrigos e que a ramificação é estimulada apenas pelo estufim A. O crescimento radicular não é afectado pela presença dos abrigos mas as plantas abrigadas apresentam uma maior razão biomassa aérea/biomassa radicular devida ao aumento da biomassa aérea. Mercê de uma maior produção de folhas, as plantas abrigadas no estufim A apresentam em média maior área foliar. As folhas produzidas em ambos os estufins exibem algumas características de folhas de sombra, e o "investimento" em área foliar por unidade de biomassa produzida é superior nas plantas abrigadas. Três anos após a plantação não se observam diferenças significativas na mortalidade, embora uma percentagem importante (23%) das plantas vivas do abrigo A tenham tido a parte aérea completamente seca no Verão anterior.
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