A relação da rentabilidade dos capitais próprios com o efeito fiscal: análise às empresas cotadas da zona euro
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.26/39052 |
Resumo: | O principal objetivo deste trabalho consiste na análise da relação entre a rentabilidade dos capitais próprios e o efeito fiscal. Este objetivo abrangente conduz, por sua vez, aos seguintes objetivos operacionais: (i) avaliar o impacto do efeito fiscal na rentabilidade dos capitais próprios; (ii) comparar o impacto do efeito fiscal com outros indicadores do modelo DuPont; (iii) avaliar se as empresas com maior rentabilidade são aquelas que pagam mais imposto sobre os lucros; (iv) analisar a eficiência da relação entre a rentabilidade dos capitais próprios e a carga fiscal, identificando os países com maior nível de eficiência. Para perceber a ligação entre os dois indicadores – rentabilidade dos capitais próprios e efeito fiscal – nas empresas cotadas da zona euro, realizou-se um estudo empírico com base em 750 empresas de 19 países, para o período de 2018. Além do efeito fiscal, utilizaram-se mais quatro variáveis do modelo DuPont estendido, a fim de analisar a sua influência na rentabilidade dos capitais próprios. Para a análise aplicou-se a metodologia do método dos mínimos quadrados (OLS) e utilizou-se como ferramenta estatística o SPSS Statistics 24. Os resultados obtidos pelo método OLS, após a estimação de quatro modelos em que, em cada um deles era excluída uma variável do modelo DuPont, permitiram verificar que, em termos da variável do efeito fiscal, o modelo com maior poder explicativo é o modelo que exclui o efeito da margem EBIT. Neste modelo, uma variação de 1% no efeito fiscal, gera uma variação de 1,18% na rentabilidade dos capitais próprios. Quando se compara a influência do efeito fiscal com as outras quatro variáveis, constata-se que o efeito fiscal é a segunda variável no modelo com maior poder explicativo (modelo 1) da rentabilidade dos capitais próprios, logo a seguir ao efeito da rotação dos ativos. Constatou-se ainda que as empresas com maiores rentabilidades dos capitais próprios não são as que pagam mais imposto, em termos relativos (i.e. apresentam, no geral, menores taxas efetivas de tributação). Por último, numa análise da eficiência na relação da rentabilidade dos capitais próprios com a taxa efetiva de tributação, verifica-se que os países mais eficientes e mais atrativos para o investimento (e para os investidores) são a Irlanda, Malta e Espanha. Do lado oposto, Portugal, Grécia e Eslováquia são considerados os países menos eficientes e, por conseguinte, menos atrativos. |
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