Bronquiolite Aguda: Actualização de Conceitos Terapêuticos e Profilácticos
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Data de Publicação: | 2014 |
Outros Autores: | , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.25754/pjp.2002.5161 |
Resumo: | A bronquiolite aguda é frequente abaixo dos 2 anos de idade. Apesar da inexistência de vacinação ou de terapêuticas específicas com comprovada eficácia, novas formas de profilaxia surgiram nos últimos anos cuja prescrição deverá ser baseada em dados epidemiológicos e conhecimento de grupos de risco. Com o objectivo de avaliar grupos de risco e agentes responsáveis por bronquiolite com necessidade de internamento e comparar a terapêutica efectuada com as actuais recomendações da literatura, efectuámos estudo retrospectivo dos processos clínicos de internamento por bronquiolite na Unidade de Pneumologia da Clínica Universitária de Pediatria do Hospital de Santa Maria, nos últimos 3 anos nos períodos de Outubro a Março de cada ano, num total de 264. Cinquenta (19,3%) crianças eram prematuras e igual número tinha baixo peso ao nascer. Relativamente à terapêutica: em 263 (99,6%) crianças foram prescritos broncodilatadores; em 153 (58%) antibióticos e em 90 (36,7%) corticoides sistémicos. Duzentas e uma (76,1%) crianças necessitaram de oxigenoterapia, tendo sido ventiladas 16 (6%). Identificou-se agente etiológico em 173 processos: virus em 126 (vírus sincicial respiratório — 107; Influenza A — 13; Influenza B — 7; Parainfluenza — 2; Adenovírus — 2) e bactérias em 99 (a maioria em associação com agentes virais). A identificação de prematuridade e baixo peso ao nascer como grupos de risco e a predominância da etiologia virai, sublinham a necessidade de utilização de medidas profiláticas capazes; a tendência para a prescrição de fármacos sem eficácia comprovada apontam para a necessidade de elaborar recomendações para o tratamento de bronquiolite aguda a nível Nacional. |
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