VIH, Qualidade de Vida e Coping Adaptativo, a Perspetiva dos Doentes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Maria Teresa Godinho da
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/13785
Resumo: A medicina tem conseguido aumentar o tempo de vida das pessoas que vivem com o VIH/SIDA, passando esta doença de uma sentença de morte a uma doença crónica. No entanto, maior longevidade não é sinónimo de qualidade de vida. Atendendo às suas especificidades, esta doença traz repercussões ao nível da Qualidade de Vida dos seus portadores a que não são alheias as suas estratégias para lidar com a mesma. Objetivo: O presente estudo pretendeu explorar a Qualidade de Vida e as Estratégias de Coping de uma amostra de 56 participantes com o VIH/SIDA, que vivem em Portugal, com o intuito de verificar, entre outros aspetos, o tipo de relação das estratégias de coping com a qualidade de vida destas pessoas. Método: Participaram neste estudo 56 adultos, sendo 62,5% do sexo feminino, residentes em Portugal, com uma idade média de 49,8 anos e uma média de anos de vivência com o diagnóstico de infeção pelo VIH de 19,68 anos. Os dados foram obtidos através de um inquérito disseminado on-line com a ajuda de associações ligadas à vivência com o VIH e pelo método “bola de neve”. Todos os participantes completaram os seguintes instrumentos de autorresposta: Questionário Sociodemográfico e Clínico, o World Health Organization Quality of Life-Bref (WHOQOL-HIV-Bref), Versão em Português Europeu do Instrumento de Avaliação da Qualidade de Vida para pessoas com infeção por VIH da Organização Mundial de Saúde e a Escala Toulousiana de Coping (versão reduzida) - ETCR. Resultados: Entre os principais resultados verificámos que uma situação económica desfavorecida se encontra associada a uma pior perceção de qualidade de vida, verificando-se a existência de associações significativas sendo estas, no entanto, moderadas a fracas. Porém, entre um nível de escolaridade mais baixo e uma pior perceção de qualidade de vida não existe uma associação significativa. Existem correlações positivas moderadas do fator Suporte Social com o Domínio Psicológico e o Domínio das Relações Sociais, para além de que o fator Suporte Social apresenta uma correlação positiva fraca com o Domínio Ambiente. Encontram-se correlações significativas moderadas e positivas entre as variáveis coping e qualidade de vida, sendo exemplo disso a correlação entre o Domínio Psicológico e o Suporte Social e entre o Domínio das Relações Sociais e o Fator Suporte Social. Conclusões: Alguns resultados vão de encontro à literatura consultada, outros não. Todavia, a existência de correlações significativas positivas, apesar de moderadas e fracas do fator Suporte Social com o domínio Psicológico, o domínio das Relações Sociais e o domínio Ambiente sugere que um bom suporte social é determinante de um bom funcionamento psicológico, social e ambiental. Tendo a maioria das pessoas sido contatadas através das associações da luta contra o VIH/SIDA, podemos deduzir que estas associações são um suporte fundamental para as pessoas por elas acompanhadas.
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Método: Participaram neste estudo 56 adultos, sendo 62,5% do sexo feminino, residentes em Portugal, com uma idade média de 49,8 anos e uma média de anos de vivência com o diagnóstico de infeção pelo VIH de 19,68 anos. Os dados foram obtidos através de um inquérito disseminado on-line com a ajuda de associações ligadas à vivência com o VIH e pelo método “bola de neve”. Todos os participantes completaram os seguintes instrumentos de autorresposta: Questionário Sociodemográfico e Clínico, o World Health Organization Quality of Life-Bref (WHOQOL-HIV-Bref), Versão em Português Europeu do Instrumento de Avaliação da Qualidade de Vida para pessoas com infeção por VIH da Organização Mundial de Saúde e a Escala Toulousiana de Coping (versão reduzida) - ETCR. Resultados: Entre os principais resultados verificámos que uma situação económica desfavorecida se encontra associada a uma pior perceção de qualidade de vida, verificando-se a existência de associações significativas sendo estas, no entanto, moderadas a fracas. Porém, entre um nível de escolaridade mais baixo e uma pior perceção de qualidade de vida não existe uma associação significativa. Existem correlações positivas moderadas do fator Suporte Social com o Domínio Psicológico e o Domínio das Relações Sociais, para além de que o fator Suporte Social apresenta uma correlação positiva fraca com o Domínio Ambiente. Encontram-se correlações significativas moderadas e positivas entre as variáveis coping e qualidade de vida, sendo exemplo disso a correlação entre o Domínio Psicológico e o Suporte Social e entre o Domínio das Relações Sociais e o Fator Suporte Social. Conclusões: Alguns resultados vão de encontro à literatura consultada, outros não. Todavia, a existência de correlações significativas positivas, apesar de moderadas e fracas do fator Suporte Social com o domínio Psicológico, o domínio das Relações Sociais e o domínio Ambiente sugere que um bom suporte social é determinante de um bom funcionamento psicológico, social e ambiental. Tendo a maioria das pessoas sido contatadas através das associações da luta contra o VIH/SIDA, podemos deduzir que estas associações são um suporte fundamental para as pessoas por elas acompanhadas.Medicine has been able to increase the lifespan of people living with HIV/AIDS, turning this disease from a death penalty into a chronic condition. However, a longer life doesn’t mean quality of life. Considering its specificities, this disease has an impact on the Quality of Life of these patients. Considering its specificities, this disease has an impact on the Quality of Life of these patients, which are unrelated to their strategies to deal with it. Purpose: The present study intends to investigate the Quality of Life and Coping Strategies in a sample of 56 people with HIV/AIDS living in Portugal, in order to verify, among other aspects, the relation of coping strategies with the quality of life of these people. Methodology: The sample includes 56 adults, 62,5% of which are female, living in Portugal with an average age of 49,8 years old and a lifespan with the HIV infection of 19,68 years. The results were obtained through an online inquiry spread in cooperation with some associations related to the living with HIV and through the snowball sampling method. All subjects of the present study fulfilled the following instruments of self-response: a Clinical and Sociodemographic Questionnaire, the World Health Organization Quality of Life-Bref (WHOQOL-HIV-Bref), the European Portuguese Version of the World Health Organization Quality of Life for people with HIV and the Toulouse Coping Scale (Shortened Version) - ETC-R. Results: Considering the main results, we observed that a precarious economic situation is associated with a worse perception of quality of life with some significant moderate to weak associations, but if we consider a lower level of education and a worse perception of quality of life, there is no association. We also observed that there are positive moderate correlations within the Social Support factor, the Psychological Domain, and the Social Relationship Domain. Furthermore, the Social Support factor shows a positive weak correlation with the Environment Domain. It was also highlighted that there are significant moderate and positive correlations between the variables of coping and quality of life, as, for example, the correlation between the Psychological Domain and the Social Support, and between the Social Relationship Domain and the Social Support Factor. Conclusion: Some results are in line with the research bibliography, but some others aren’t. However, the fact that there are positive moderate and weak correlations of the Social Support Factor with the Psychological Domain, the Social Relationship domain, and the Environment domain suggests that a good social support is crucial for a proper psychological, social, and environmental functioning. As most of the people were approached by associations of the fight against HIV/AIDS, we can conclude that these associations are a crucial support to the people they help.Loureiro, Manuel Joaquim da SilvaFerreira, Dário Jorge ConceiçãouBibliorumSilva, Maria Teresa Godinho da2023-11-23T14:56:51Z2023-03-012023-01-302023-03-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/13785TID:203389964porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:57:30Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/13785Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:53:08.915287Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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