A gestão de tesouraria e políticas de financiamento a curto prazo nas PME

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Marinho, Sónia
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10198/12648
Resumo: A atual conjuntura nacional e internacional obriga a que as empresas empenhem maiores esforços para a gestão e manutenção da sua sustentabilidade. Otimizar a gestão de uma empresa é obrigatório em tempos de crise. Onde ir buscar financiamento para manter a empresa em atividade? Esta é uma questão com que muitos gestores se deparam diariamente. Com o presente estudo pretende-se, por um lado, dar a conhecer as diversas fontes de financiamento de curto prazo e políticas de gestão de tesouraria; por outro, analisar se se verificaram alterações após a crise financeira na prática empresarial usando uma amostra de empresas do distrito de Bragança em comparação com indicadores médios nacionais. Constatou-se que os indicadores de tesouraria utilizados não explicam significativamente a variação da liquidez geral e o endividamento de curto prazo das empresas em análise. Verificou-se ainda que as empresas do setor da construção da amostra recorreram mais ao financiamento de curto prazo comparativamente com as empresas do mesmo setor a nível nacional. Tendo por base os inquéritos aplicados, observou-se ainda que as empresas do distrito de Bragança recorreram maioritariamente a financiamento bancário, em especial de médio e longo prazo, crédito de fornecedores e contas correntes caucionadas. No que respeita à tesouraria, as empresas reportaram que o prazo médio de recebimento se manteve ou aumentou ao passo que o prazo médio de pagamento se manteve. Porém, estas não recusaram encomendas por dificuldades no acesso ao crédito (apenas 14% considera o crédito mais caro e 29% mais restrito). Existem indícios de que nas empresas nacionais, após a crise financeira de 2008, o crédito bancário deixou de ser a fonte de financiamento de curto prazo mais utilizada, contrariamente ao que acontece nas PME do distrito de Bragança. Tal poderá justificar-se, provavelmente, por alguma escassez de informação e formação sobre as fontes de financiamento existentes e quais as mais vantajosas para a empresa.
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Constatou-se que os indicadores de tesouraria utilizados não explicam significativamente a variação da liquidez geral e o endividamento de curto prazo das empresas em análise. Verificou-se ainda que as empresas do setor da construção da amostra recorreram mais ao financiamento de curto prazo comparativamente com as empresas do mesmo setor a nível nacional. Tendo por base os inquéritos aplicados, observou-se ainda que as empresas do distrito de Bragança recorreram maioritariamente a financiamento bancário, em especial de médio e longo prazo, crédito de fornecedores e contas correntes caucionadas. No que respeita à tesouraria, as empresas reportaram que o prazo médio de recebimento se manteve ou aumentou ao passo que o prazo médio de pagamento se manteve. Porém, estas não recusaram encomendas por dificuldades no acesso ao crédito (apenas 14% considera o crédito mais caro e 29% mais restrito). Existem indícios de que nas empresas nacionais, após a crise financeira de 2008, o crédito bancário deixou de ser a fonte de financiamento de curto prazo mais utilizada, contrariamente ao que acontece nas PME do distrito de Bragança. Tal poderá justificar-se, provavelmente, por alguma escassez de informação e formação sobre as fontes de financiamento existentes e quais as mais vantajosas para a empresa.La actual coyuntura nacional e internacional obliga a las empresas a emplear mayores esfuerzos para la gestión y el mantenimiento de su sostenibilidad. Optimizar dicha gestión se exige en tiempos de crisis. ¿Dónde conseguir el dinero para mantener la empresa en activo? Este es un tema al que muchos gestores se enfrentan cada día. Con este estudio se pretende, por un lado, dar a conocer las diversas posibilidades de fuentes de financiación y de las principales variantes de gestión de tesorería; y por otro lado se analizará si han existido alteraciones en la política de tesorería y en la financiación a corto plazo de la PYMES portuguesas, antes y después de la crisis financiera. Se ha constatado que los indicadores de tesorería utilizados, no explican significativamente la variación de la liquidez general ni del endeudamiento a corto plazo de las empresas analizadas. Además se ha verificado que las empresas del sector de la construcción del ejemplo, recurrieron más a la financiación a corto plazo comparadas con las empresas del mismo sector a nivel nacional. Teniendo por base los cuestionarios aplicados, se ha observado que aún las empresas del distrito de Bragança recurren mayoritariamente a la financiación bancaria, en especial de medio y largo plazo, crédito a proveedores y cuentas corrientes caucionadas. En lo que respecta a la tesorería, las empresas reportan que el plazo medio de abono se mantuvo o aumentó al mismo tiempo que el plazo medio de pago se mantuvo. Sin embargo estas no rechazaron pedidos por dificultades en el acceso al crédito (apenas 14% considera el crédito más caro y el 29% más limitado). Existen indicios de que las empresas nacionales después de la crisis financiera de 2008; han dejado de tener como fuente de financiación los créditos bancarios a corto plazo, al contrario de lo que ocurre en las PYMES de la región de Bragança. Esto probablemente se podrá justificar por alguna escasez de información y formación sobre las fuentes de financiación existentes y cuáles son las más ventajosas para la empresa.The current national and international economic situation requires companies to make a bigger management effort in order to maintain their sustainability. Optimizing company’s management is crucial during an economic crisis. Where can they get funding to keep the company in business? This is a challenge that many managers face every day. With this study we aim, on the one hand, to present the various possibilities of short-term funding sources as well as the main aspects of cash management, and on the other hand, to assess whether there were significant changes in business policies after the financial crisis. For this, we used a sample of companies from the district of Bragança in comparison with national average indicators. It has been found that the treasury indicators used do not significantly explain the variation of the general liquidity and the short-term debt increase in the companies which were analyzed. The results showed that when comparing the construction industry companies from the sample with the other national companies from the same sector, the companies from Bragança used short-term funding more than the others. Based on the surveys which were carried out, we observed that the companies from the district of Bragança mostly used bank loans, especially mid and long-term ones, suppliers’ credit and escrow accounts. As far as cash holdings are concerned, the companies under study reported that the average receipt deadline remained the same or increased, whereas the average payment deadline remained the same. However, the companies did not refuse orders due to difficulties in getting funding (only 14% consider financing more expensive and 29% consider it more restricted) There is some evidence showing that after the 2008 financial crisis, bank loans are no longer the most used short-term financing source in the national companies, contrarily to what happens in Bragança SMEs. This might be justified, probably, to some lack of information and training regarding the existing funding sources and the most advantageous to the company.Monte, Ana PaulaBiblioteca Digital do IPBMarinho, Sónia2016-01-19T12:24:39Z20152015-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10198/12648TID:201428440porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-21T10:29:42Zoai:bibliotecadigital.ipb.pt:10198/12648Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T23:02:55.998812Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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