Caracterização objetiva da catarata com recurso a técnicas por ultrassons
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10316/25110 |
Resumo: | A catarata resulta da acumulação de lesões ao longo do tempo, o que conduz à alteração do cristalino. Atualmente existem mais de 20 milhões de pessoas no mundo que sofrem de catarata, sendo a principal causa da perda de visão. A facoemulsificação é o procedimento cirúrgico mais utilizado para extrair a catarata e recuperar a acuidade visual. A determinação incorreta da energia ótima de facoemulsificação, que depende da rigidez do cristalino com catarata, poderá provocar danos irreversíveis, nomeadamente a destruição das células do endotélio da córnea ou a destruição da cápsula posterior do cristalino. As técnicas por ultrassons podem ser utilizadas para determinar a rigidez do cristalino. Nesse âmbito, procedeu-se à caraterização objetiva da catarata em cristalinos de suínos, permitindo a análise de parâmetros acústicos como a velocidade e a atenuação ex-vivo. A velocidade de propagação foi calculada através de três abordagens diferentes, o tempo de voo entre as cápsulas anterior e posterior, a análise em frequência e o tempo de voo utilizando um refletor plano. O cálculo da atenuação também foi realizado considerando três metodologias: a diferença espectral entre os ecos das cápsulas anterior e posterior, a diferença espectral entre o eco de um refletor, com e sem o cristalino, e a análise através do sinal de backscattering. Ainda relativamente à atenuação, foi estudada a dependência da atenuação com a frequência. Para além dos métodos referidos também foi utilizada a distribuição Nakagami, o B-scan e o Sonograma para analisar o cristalino. Os resultados deste estudo confirmam que a velocidade e a atenuação dos ultrassons aumentam com a progressão da catarata (p <0.001). A velocidade de propagação calculada através do método que fez uso de um refletor plano, embora fosse consistente com as outras duas abordagens, apresentou valores inferiores. No que respeita à atenuação, os dois primeiros métodos utilizados apresentaram uma boa concordância (ICC = 0.717, p<0.001). Para ambos os métodos, observou-se que o valor da atenuação se mantinha após os 120 minutos de imersão (p> 0.05). O cálculo da atenuação através do sinal de backscattering também revelou um aumento consistente. Observou-se também, e ao contrário do B-scan, que o parâmetro Nakagami e o Sonograma podem ser utilizados para caracterizar o cristalino. O trabalho desenvolvido mostrou que os ultrassons podem ser utilizados para caracterizar a rigidez do cristalino. O conhecimento exato da rigidez do cristalino contribuirá para o aumento dos níveis de segurança da cirurgia de facoemulsificação da catarata. Palavras Chave (Tema): Catarata, cristalino, facoemulsifcação. Palavras Chave (Tecnologias): Ultrassons, velocidade, atenuação, backscattering |
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