PROLIFERAÇÃO EPIRRETINIANA ASSOCIADA A BURACOS LAMELARES: IMPLICAÇÕES CLÍNICAS E CIRÚRGICAS
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2017 |
Outros Autores: | , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.48560/rspo.10185 |
Resumo: | OBJETIVOS Descrever a prevalência de proliferação epirretiniana (PER) nos buracos maculares lamelares (BML), e correlacionar esta alteração com a morfologia do BML e prognóstico anatómico e funcional após abordagem cirúrgica ou conservadora. MÉTODOS Série de casos retrospetiva, multicêntrica, que incluiu doentes consecutivos diagnosticados com BML e seguidos por ≥6 meses. Observaram-se todas as tomografias de coerência ótica (OCT), onde se avaliaram: presença de membrana epirretiniana (MER) e PER, espessura do pavimento foveal, maior diâmetro e maior diâmetro da porção interna do BML. Nos doentes operados efetuou-se vitrectomia via pars plana com pelagem de MER e membrana limitante interna e tamponamento interno com SF6. RESULTADOS Foram incluídos 62 olhos (57 doentes), seguidos durante 27,1±19,8 meses, sendo objetivada PER em 33 (53,2%) deles. Comparativamente aos BML sem PER, naqueles com PER objetivou-se um diâmetro significativamente maior (p=0,001), menor espessura do leito (p=0,018), e uma menor razão do diâmetro das camadas internas pelo maior diâmetro (p=0,002). Vinte e sete (81,8%) dos BML com PER apresentaram conformação em tenda, com aproximação dos bordos internos, comparativamente a 23,3% dos BML sem PER. No subgrupo de 13 doentes operados, não se notaram diferenças na performance visual (p=0,687) ou taxa de encerramento (p=0,569) entre os dois grupos nos olhos operados. CONCLUSÕES As PER são entidades descritas recentemente que alteram a fisionomia do BML, com maiores diâmetros máximos nas camadas intermédias e menor espessura do leito. Não se encontraram diferenças na performance visual ou taxa de encerramento do BML nos olhos com PER operados ou seguidos conservadoramente. |
id |
RCAP_6702351552ebeaa3dafdb6966ad60c39 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/10185 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
PROLIFERAÇÃO EPIRRETINIANA ASSOCIADA A BURACOS LAMELARES: IMPLICAÇÕES CLÍNICAS E CIRÚRGICASArtigos OriginaisOBJETIVOS Descrever a prevalência de proliferação epirretiniana (PER) nos buracos maculares lamelares (BML), e correlacionar esta alteração com a morfologia do BML e prognóstico anatómico e funcional após abordagem cirúrgica ou conservadora. MÉTODOS Série de casos retrospetiva, multicêntrica, que incluiu doentes consecutivos diagnosticados com BML e seguidos por ≥6 meses. Observaram-se todas as tomografias de coerência ótica (OCT), onde se avaliaram: presença de membrana epirretiniana (MER) e PER, espessura do pavimento foveal, maior diâmetro e maior diâmetro da porção interna do BML. Nos doentes operados efetuou-se vitrectomia via pars plana com pelagem de MER e membrana limitante interna e tamponamento interno com SF6. RESULTADOS Foram incluídos 62 olhos (57 doentes), seguidos durante 27,1±19,8 meses, sendo objetivada PER em 33 (53,2%) deles. Comparativamente aos BML sem PER, naqueles com PER objetivou-se um diâmetro significativamente maior (p=0,001), menor espessura do leito (p=0,018), e uma menor razão do diâmetro das camadas internas pelo maior diâmetro (p=0,002). Vinte e sete (81,8%) dos BML com PER apresentaram conformação em tenda, com aproximação dos bordos internos, comparativamente a 23,3% dos BML sem PER. No subgrupo de 13 doentes operados, não se notaram diferenças na performance visual (p=0,687) ou taxa de encerramento (p=0,569) entre os dois grupos nos olhos operados. CONCLUSÕES As PER são entidades descritas recentemente que alteram a fisionomia do BML, com maiores diâmetros máximos nas camadas intermédias e menor espessura do leito. Não se encontraram diferenças na performance visual ou taxa de encerramento do BML nos olhos com PER operados ou seguidos conservadoramente.Ajnet2017-10-31T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://doi.org/10.48560/rspo.10185por1646-69501646-6950Marques, Marco FredericoRodrigues, SóniaRaimundo, MiguelMarques, João PedroAlfaiate, MárioFigueira, Joãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-22T17:06:01Zoai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/10185Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T16:01:39.082105Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
PROLIFERAÇÃO EPIRRETINIANA ASSOCIADA A BURACOS LAMELARES: IMPLICAÇÕES CLÍNICAS E CIRÚRGICAS |
title |
PROLIFERAÇÃO EPIRRETINIANA ASSOCIADA A BURACOS LAMELARES: IMPLICAÇÕES CLÍNICAS E CIRÚRGICAS |
spellingShingle |
PROLIFERAÇÃO EPIRRETINIANA ASSOCIADA A BURACOS LAMELARES: IMPLICAÇÕES CLÍNICAS E CIRÚRGICAS Marques, Marco Frederico Artigos Originais |
title_short |
PROLIFERAÇÃO EPIRRETINIANA ASSOCIADA A BURACOS LAMELARES: IMPLICAÇÕES CLÍNICAS E CIRÚRGICAS |
title_full |
PROLIFERAÇÃO EPIRRETINIANA ASSOCIADA A BURACOS LAMELARES: IMPLICAÇÕES CLÍNICAS E CIRÚRGICAS |
title_fullStr |
PROLIFERAÇÃO EPIRRETINIANA ASSOCIADA A BURACOS LAMELARES: IMPLICAÇÕES CLÍNICAS E CIRÚRGICAS |
title_full_unstemmed |
PROLIFERAÇÃO EPIRRETINIANA ASSOCIADA A BURACOS LAMELARES: IMPLICAÇÕES CLÍNICAS E CIRÚRGICAS |
title_sort |
PROLIFERAÇÃO EPIRRETINIANA ASSOCIADA A BURACOS LAMELARES: IMPLICAÇÕES CLÍNICAS E CIRÚRGICAS |
author |
Marques, Marco Frederico |
author_facet |
Marques, Marco Frederico Rodrigues, Sónia Raimundo, Miguel Marques, João Pedro Alfaiate, Mário Figueira, João |
author_role |
author |
author2 |
Rodrigues, Sónia Raimundo, Miguel Marques, João Pedro Alfaiate, Mário Figueira, João |
author2_role |
author author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Marques, Marco Frederico Rodrigues, Sónia Raimundo, Miguel Marques, João Pedro Alfaiate, Mário Figueira, João |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Artigos Originais |
topic |
Artigos Originais |
description |
OBJETIVOS Descrever a prevalência de proliferação epirretiniana (PER) nos buracos maculares lamelares (BML), e correlacionar esta alteração com a morfologia do BML e prognóstico anatómico e funcional após abordagem cirúrgica ou conservadora. MÉTODOS Série de casos retrospetiva, multicêntrica, que incluiu doentes consecutivos diagnosticados com BML e seguidos por ≥6 meses. Observaram-se todas as tomografias de coerência ótica (OCT), onde se avaliaram: presença de membrana epirretiniana (MER) e PER, espessura do pavimento foveal, maior diâmetro e maior diâmetro da porção interna do BML. Nos doentes operados efetuou-se vitrectomia via pars plana com pelagem de MER e membrana limitante interna e tamponamento interno com SF6. RESULTADOS Foram incluídos 62 olhos (57 doentes), seguidos durante 27,1±19,8 meses, sendo objetivada PER em 33 (53,2%) deles. Comparativamente aos BML sem PER, naqueles com PER objetivou-se um diâmetro significativamente maior (p=0,001), menor espessura do leito (p=0,018), e uma menor razão do diâmetro das camadas internas pelo maior diâmetro (p=0,002). Vinte e sete (81,8%) dos BML com PER apresentaram conformação em tenda, com aproximação dos bordos internos, comparativamente a 23,3% dos BML sem PER. No subgrupo de 13 doentes operados, não se notaram diferenças na performance visual (p=0,687) ou taxa de encerramento (p=0,569) entre os dois grupos nos olhos operados. CONCLUSÕES As PER são entidades descritas recentemente que alteram a fisionomia do BML, com maiores diâmetros máximos nas camadas intermédias e menor espessura do leito. Não se encontraram diferenças na performance visual ou taxa de encerramento do BML nos olhos com PER operados ou seguidos conservadoramente. |
publishDate |
2017 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2017-10-31T00:00:00Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://doi.org/10.48560/rspo.10185 |
url |
https://doi.org/10.48560/rspo.10185 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
1646-6950 1646-6950 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Ajnet |
publisher.none.fl_str_mv |
Ajnet |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799130481846910976 |