Mobilização articular precoce da pessoa em situação crítica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rocha, Emanuela Andreia Moreira da
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/20.500.11960/2516
Resumo: Introdução: O número de pessoas internadas em Unidades de Cuidados Intensivos tem aumentado de forma significativa, ao longo dos últimos anos. Sobreviventes da doença crítica com internamento prolongado têm, frequentemente, alterações neuromusculares significativas, com prejuízo do desenvolvimento físico-funcional, implicando alterações na qualidade de vida após a alta hospitalar. Para isto contribui, em larga escala, a imobilização prolongada no leito. O Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Reabilitação, pelas suas competências, tem um papel fundamental no processo de recuperação da pessoa em situação crítica sendo a mobilização articular com início precoce uma mais-valia, embora ainda exista pouca evidência sobre esta intervenção especializada em Enfermagem de Reabilitação neste contexto. Objetivos: Verificar se existe relação entre um programa de mobilização articular precoce, realizado por um enfermeiro de reabilitação, e a manutenção da amplitude articular e da força muscular na pessoa em situação crítica internada numa unidade de cuidados intensivos do grande Porto. Metodologia: Estudo quantitativo, de natureza quase-experimental, longitudinal com uma amostragem não probabilística acidental de 60 participantes, distribuídos por dois grupos: experimental e controlo. Foram definidos critérios de inclusão e exclusão. Instrumentos de colheita de dados: questionário sociodemográfico e clínico e uma grelha de observação, que foram elaborados para o efeito. A colheita de dados ocorreu entre fevereiro e abril de 2019. Resultados: A aplicação do programa de mobilização articular precoce, pelo Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Reabilitação à pessoa em situação crítica permitiu confirmar a hipótese que demonstra que existe diferença estatisticamente significativa na variação da amplitude articular, entre o grupo de controlo e o experimental, sendo os valores favoráveis para o grupo experimental com manutenção da amplitude articular. A hipótese referente à segurança do programa através da análise dos parâmetros vitais, também se confirmou, pois não se verificaram diferenças estatisticamente significativas entre o início e o fim de cada sessão. Quanto à manutenção da força muscular, não existem diferenças estatisticamente significativas, entre o grupo de controlo e o experimental, na avaliação entre o primeiro e o oitavo dia, pelo que esta hipótese não foi confirmada. Conclusões: A implementação do programa de mobilização articular precoce, pelo enfermeiro de reabilitação, é segura e revelou benefícios na manutenção da amplitude articular no grupo experimental. Pelo que se constitui como uma mais-valia para o processo de recuperação da pessoa em situação crítica. Não se traduziram efeitos do programa de mobilização articular precoce na força muscular.
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O Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Reabilitação, pelas suas competências, tem um papel fundamental no processo de recuperação da pessoa em situação crítica sendo a mobilização articular com início precoce uma mais-valia, embora ainda exista pouca evidência sobre esta intervenção especializada em Enfermagem de Reabilitação neste contexto. Objetivos: Verificar se existe relação entre um programa de mobilização articular precoce, realizado por um enfermeiro de reabilitação, e a manutenção da amplitude articular e da força muscular na pessoa em situação crítica internada numa unidade de cuidados intensivos do grande Porto. Metodologia: Estudo quantitativo, de natureza quase-experimental, longitudinal com uma amostragem não probabilística acidental de 60 participantes, distribuídos por dois grupos: experimental e controlo. Foram definidos critérios de inclusão e exclusão. Instrumentos de colheita de dados: questionário sociodemográfico e clínico e uma grelha de observação, que foram elaborados para o efeito. A colheita de dados ocorreu entre fevereiro e abril de 2019. Resultados: A aplicação do programa de mobilização articular precoce, pelo Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Reabilitação à pessoa em situação crítica permitiu confirmar a hipótese que demonstra que existe diferença estatisticamente significativa na variação da amplitude articular, entre o grupo de controlo e o experimental, sendo os valores favoráveis para o grupo experimental com manutenção da amplitude articular. A hipótese referente à segurança do programa através da análise dos parâmetros vitais, também se confirmou, pois não se verificaram diferenças estatisticamente significativas entre o início e o fim de cada sessão. Quanto à manutenção da força muscular, não existem diferenças estatisticamente significativas, entre o grupo de controlo e o experimental, na avaliação entre o primeiro e o oitavo dia, pelo que esta hipótese não foi confirmada. Conclusões: A implementação do programa de mobilização articular precoce, pelo enfermeiro de reabilitação, é segura e revelou benefícios na manutenção da amplitude articular no grupo experimental. Pelo que se constitui como uma mais-valia para o processo de recuperação da pessoa em situação crítica. Não se traduziram efeitos do programa de mobilização articular precoce na força muscular.Introduction: The number of people admitted to Intensive Care Units has increased significantly over the past few years. Survivors of critical illness with prolonged hospitalization often have significant neuromuscular changes, with impairment of physicalfunctional development, implying changes in quality of life after hospital discharge. This is largely due to prolonged immobilization in the bed. The Specialist Nurse in Rehabilitation Nursing, due to his skills, has a fundamental role in the recovery process of the person in a critical situation, with joint mobilization with an early start being an asset, although there is still little evidence about this specialized intervention in Rehabilitation Nursing. in this context. Objectives: To verify if there is a relationship between an early joint mobilization program, carried out by a rehabilitation nurse, and the maintenance of joint amplitude and muscle strength in people in critical situations admitted to an intensive care unit in greater Porto. Methodology: Quantitative, quasi-experimental, longitudinal study with an accidental nonprobabilistic sample of 60 participants, divided into two groups: experimental and control. Inclusion and exclusion criteria were defined. Data collection instruments: sociodemographic and clinical questionnaire and an observation grid, which were designed for this purpose. Data collection took place between February and April 2019. Results: The application of the early joint mobilization program, by the Specialist Nurse in Rehabilitation Nursing to the person in critical situation, confirmed the hypothesis that demonstrates that there is a statistically significant difference in the variation in joint amplitude, between the control and the experimental group, being favorable values for the experimental group with maintenance of joint amplitude. As well as the hypothesis regarding the security of the program through the analysis of vital parameters, since there were no statistically significant differences between the beginning and the end of each session. Regarding the maintenance of muscle strength, there are no statistically significant differences between the control and experimental groups in the assessment between the first and the eighth day, so this hypothesis has not been confirmed. Conclusions: The implementation of the early joint mobilization program, by the rehabilitation nurse, is safe and has shown benefits in maintaining joint range in the experimental group. Therefore, it constitutes an asset for the recovery process of the person in a critical situation. There were no effects of the early joint mobilization program on muscle strength.2021-05-06T10:26:47Z2021-03-23T00:00:00Z2021-03-23info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/20.500.11960/2516TID:202719880porRocha, Emanuela Andreia Moreira dainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-03-21T14:39:47Zoai:repositorio.ipvc.pt:20.500.11960/2516Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:44:03.058264Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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