"Drunkenness and dreams". Inebriation and the dream quest among North American indians

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Trenk, Marin
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://revistas.rcaap.pt/antropologicas/article/view/927
Resumo: Este artigo argumenta que, juntamente com os sonhos, a embriaguez é percebida pelos Índios da América do Norte como um meio de comunicação com o mundo do espírito. Os primeiros missionários cristãos explicavam a paixão dos nativos pela bebida pela sua auto-avaliação exagerada e pelo desejo de poder, pensando que o álcool e os sonhos constituíam os obstáculos principais para a conversão dos Índios ao Cristianismo. Por outro lado, as explicações dos indígenas para este fenómeno são diferentes das dos observadores brancos. Como é sugerido pelos exemplos das tribos de Ojubwa, de Potawatomi, de Ottawa e muitas outras, os Índios explicam a ligação entre embriaguez e sonhos pela ausência temporária da alma que se encontra a viajar no mundo do espírito. É por isso que uma pessoa embriagada pode ser vista como ‘sagrada’. O álcool, por si só, não causa halucinações, mas o sonho profundo que ele provoca pode ser uma maneira de experienciar ‘visões sagradas’.
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Como é sugerido pelos exemplos das tribos de Ojubwa, de Potawatomi, de Ottawa e muitas outras, os Índios explicam a ligação entre embriaguez e sonhos pela ausência temporária da alma que se encontra a viajar no mundo do espírito. É por isso que uma pessoa embriagada pode ser vista como ‘sagrada’. O álcool, por si só, não causa halucinações, mas o sonho profundo que ele provoca pode ser uma maneira de experienciar ‘visões sagradas’.This paper argues that, along with dreams, drunkenness is perceived by North American Indians as a means of communication with the world of spirit. Early Christian missionaries explained the natives’ passion for drink by their inflated self-esteem and urge for power, regarding alcohol and dreams as the main obstacles on the way to theIndians’ conversion to Christianity. On the other hand, indigenous explanations of drunkenness differ from those of white observers. Drawing on the examples ranging from the Ojibwa, Potawatomi, Ottawa and twentieth-century Montagnais-Naskapi, to the early seventeen-century Micmacs and contemporary Numa and Tarahumara, the author demonstrates that the Indians account for the connection between drunkenness and dreams by a temporary absence of the soul that travels in the world of spirit. That is why a drunken person can even be regarded as ‘sacred’. Alcohol itself does not cause hallucinations but the sound sleep it induces can be a way of experiencing ‘sacred visions’.Este artigo argumenta que, juntamente com os sonhos, a embriaguez é percebida pelos Índios da América do Norte como um meio de comunicação com o mundo do espírito. Os primeiros missionários cristãos explicavam a paixão dos nativos pela bebida pela sua auto-avaliação exagerada e pelo desejo de poder, pensando que o álcool e os sonhos constituíam os obstáculos principais para a conversão dos Índios ao Cristianismo. Por outro lado, as explicações dos indígenas para este fenómeno são diferentes das dos observadores brancos. Como é sugerido pelos exemplos das tribos de Ojubwa, de Potawatomi, de Ottawa e muitas outras, os Índios explicam a ligação entre embriaguez e sonhos pela ausência temporária da alma que se encontra a viajar no mundo do espírito. É por isso que uma pessoa embriagada pode ser vista como ‘sagrada’. O álcool, por si só, não causa halucinações, mas o sonho profundo que ele provoca pode ser uma maneira de experienciar ‘visões sagradas’.This paper argues that, along with dreams, drunkenness is perceived by North American Indians as a means of communication with the world of spirit. Early Christian missionaries explained the natives’ passion for drink by their inflated self-esteem and urge for power, regarding alcohol and dreams as the main obstacles on the way to theIndians’ conversion to Christianity. On the other hand, indigenous explanations of drunkenness differ from those of white observers. Drawing on the examples ranging from the Ojibwa, Potawatomi, Ottawa and twentieth-century Montagnais-Naskapi, to the early seventeen-century Micmacs and contemporary Numa and Tarahumara, the author demonstrates that the Indians account for the connection between drunkenness and dreams by a temporary absence of the soul that travels in the world of spirit. That is why a drunken person can even be regarded as ‘sacred’. Alcohol itself does not cause hallucinations but the sound sleep it induces can be a way of experiencing ‘sacred visions’.Fundação Fernando Pessoa/Publicações Fundação Fernando Pessoa2012-07-23T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://revistas.rcaap.pt/antropologicas/article/view/927por2182-29130873-819XTrenk, Marininfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-22T16:34:57Zoai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/927Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T16:00:19.847565Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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