Comportamentos de saúde oral numa comunidade portuguesa : uma escala para classificação da saúde oral em adolescentes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Martins, Johnny da Silva
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.14/23889
Resumo: Introdução: A cárie precoce na infância é uma das doenças mais prevalentes da população mundial escolarizada, manifestando-se pela presença de pelo menos um dente cariado, ausência de um dente ou existência de uma obturação num dente temporário. Objetivos: Avaliar os conhecimentos e as práticas dos jovens no que se refere aos comportamentos de saúde oral, assim como a criação de uma escala para classificação dos mesmos comportamentos de saúde oral. Os objetivos específicos passam por verificar quais os comportamentos dos adolescentes no consumo de álcool e tabaco; caracterizar os comportamentos de saúde oral dos adolescentes e criar uma escala para classificação do nível de comportamentos de saúde oral nos adolescentes portugueses. Métodos: Foi realizado um estudo epidemiológico observacional transversal, recorrendo à perspetiva descritivo-correlacional. A amostra do estudo é constituída por 694 crianças e jovens, com idades entre os 12-18 anos, pertencentes aos distritos de Viseu e Guarda. A recolha de dados foi realizada através da autoaplicação de um questionário baseado na escala para a classificação dos comportamentos de saúde oral dos adolescentes e da observação intraoral. Resultados: Na análise dos resultados obtidos, foi definida uma escala para a classificação dos comportamentos de saúde oral dos adolescentes, onde se concluiu que a maioria dos alunos não consome álcool nem possui hábitos tabágicos (n=363; 83,1% e n=416; 95,6%). Na saúde oral, a maioria dos alunos escova os dentes todos os dias (n=346; 79,4%), entre 1-5 vezes por dia, durante o período da manhã e antes de deitar e complementado pela utilização de pasta com fluor, apesar da maioria não utilizar fio dentário (n=388; 66%). Quanto à consulta ao dentista, a maioria dos alunos teve uma consulta durante os últimos 12 meses, devido à rotina, tratamento de dentes estragados/cariados e dor de dentes. As diferenças encontradas entre ambos os géneros prendem-se com a maior escovagem diária e utilização de fio dentário no género feminino, o que apresenta um maior cuidado oral comparativamente ao género masculino. Analisando a amostra incluída no presente estudo, verificamos após aplicação da escala criada, que 67,9% da amostra apresenta, na sua globalidade, comportamentos de saúde oral insuficientes, 23,9% intermédia/suficiente e apenas 8,2% apresentam o que é considerado na escala como tendo uma boa classificação em termos. de comportamentos de saúde oral respeitando os pressupostos definidos para a elaboração da presente escala. Conclusões: A prevenção da saúde oral das crianças e jovens a nível familiar e escolar deve ser baseada numa higiene oral adequada, utilização de fluor, fio dentário, diminuição da ingestão de alimentos açucarados, consultas regulares ao dentista, informação sobre os cheques-dentista, frequência de ações de formação ou participação nos rastreios a nível nacional. Também é crucial a constituição da escala, uma vez que permite comparar dados de diversos alunos e compreender os hábitos de saúde oral ou alimentares mais frequentes.
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Os objetivos específicos passam por verificar quais os comportamentos dos adolescentes no consumo de álcool e tabaco; caracterizar os comportamentos de saúde oral dos adolescentes e criar uma escala para classificação do nível de comportamentos de saúde oral nos adolescentes portugueses. Métodos: Foi realizado um estudo epidemiológico observacional transversal, recorrendo à perspetiva descritivo-correlacional. A amostra do estudo é constituída por 694 crianças e jovens, com idades entre os 12-18 anos, pertencentes aos distritos de Viseu e Guarda. A recolha de dados foi realizada através da autoaplicação de um questionário baseado na escala para a classificação dos comportamentos de saúde oral dos adolescentes e da observação intraoral. Resultados: Na análise dos resultados obtidos, foi definida uma escala para a classificação dos comportamentos de saúde oral dos adolescentes, onde se concluiu que a maioria dos alunos não consome álcool nem possui hábitos tabágicos (n=363; 83,1% e n=416; 95,6%). Na saúde oral, a maioria dos alunos escova os dentes todos os dias (n=346; 79,4%), entre 1-5 vezes por dia, durante o período da manhã e antes de deitar e complementado pela utilização de pasta com fluor, apesar da maioria não utilizar fio dentário (n=388; 66%). Quanto à consulta ao dentista, a maioria dos alunos teve uma consulta durante os últimos 12 meses, devido à rotina, tratamento de dentes estragados/cariados e dor de dentes. As diferenças encontradas entre ambos os géneros prendem-se com a maior escovagem diária e utilização de fio dentário no género feminino, o que apresenta um maior cuidado oral comparativamente ao género masculino. Analisando a amostra incluída no presente estudo, verificamos após aplicação da escala criada, que 67,9% da amostra apresenta, na sua globalidade, comportamentos de saúde oral insuficientes, 23,9% intermédia/suficiente e apenas 8,2% apresentam o que é considerado na escala como tendo uma boa classificação em termos. de comportamentos de saúde oral respeitando os pressupostos definidos para a elaboração da presente escala. Conclusões: A prevenção da saúde oral das crianças e jovens a nível familiar e escolar deve ser baseada numa higiene oral adequada, utilização de fluor, fio dentário, diminuição da ingestão de alimentos açucarados, consultas regulares ao dentista, informação sobre os cheques-dentista, frequência de ações de formação ou participação nos rastreios a nível nacional. Também é crucial a constituição da escala, uma vez que permite comparar dados de diversos alunos e compreender os hábitos de saúde oral ou alimentares mais frequentes.Introduction: Early childhood caries is one of the most prevalent diseases in the world's schooling population, manifested by the presence of at least one decayed tooth, absence of a tooth or existence of a filling in a temporary tooth. Aims: To evaluate the knowledge and practices of young people regarding oral health behaviors, as well as the creation of a scale to classify the same oral health behaviors. The specific objectives are to verify the behavior of adolescents in alcohol and tobacco consumption; to characterize adolescents' oral health behaviors and to create a scale for classifying the level of oral health behaviors among Portuguese adolescents. Methods: A cross-sectional observational epidemiological study was performed, using a descriptive-correlational perspective. The sample of the study consists of 694 children and young people, aged between 12-18 years, belonging to the districts of Viseu and Guarda. Data collection was done through the self-application of a questionnaire based on the scale for the classification of oral health behaviors of adolescents and intraoral observation. Results: In the analysis of the results obtained, a scale was defined for the classification of oral health behaviors of adolescents, where it was concluded that the majority of the students did not consume alcohol or have no smoking habits (n = 363, 83.1%, n = 416; , 6%). In oral health, most students brush their teeth every day (n = 346, 79.4%), between 1-5 times a day, in the morning and before bedtime and supplemented by the use of fluoride paste , although the majority did not use dental floss (n = 388; 66%). As for consulting the dentist, most of the students had a consultation during the last 12 months, due to routine, treatment of damaged / decayed teeth and toothache. The differences found between both genders relate to the greater daily brushing and the use of dental floss in the feminine gender, which presents a greater oral care compared to the male gender. Analyzing the sample included in the present study, we verified, after application of the scale created, that 67.9% of the sample presented, overall, poor oral health behaviors, 23.9% intermediate / sufficient and only 8.2% presented what is considered in the scale as having a good classification in terms of oral health behaviors respecting the assumptions defined for the elaboration of the present scale. Conclusions: The oral health prevention of children and young people at school and family level should be based on adequate oral hygiene, use of fluoride, dental floss, reduction of sugary food intake, regular visits to the dentist, training or participation in screening at national level. The constitution of the scale is also crucial, since it allows comparing data from several students and understanding the most frequent oral or eating habits.Veiga, Nélio JorgeBexiga, Filipa Alexandra dos SantosVeritati - Repositório Institucional da Universidade Católica PortuguesaMartins, Johnny da Silva2020-03-30T00:30:34Z2017-11-2420172017-11-24T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.14/23889TID:201828340porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-12T17:29:55Zoai:repositorio.ucp.pt:10400.14/23889Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T18:19:39.670803Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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