Comparação de métodos de avaliação do grau de torção femoral no cão
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10348/11877 |
Resumo: | As deformidades femorais no plano transverso, ou deformidades torsionais, são definidas como a rotação do fémur em torno do seu próprio eixo anatómico. Estudos sobre a importância clínica da torção femoral em cães parecem mostrar alguma influência deste tipo de deformidade na etiopatogenia de algumas afeções a nível das articulações da anca e joelho. Embora a avaliação deste parâmetro morfométrico do fémur possua elevada relevância clínica, não há ainda um método de medição de referência, podendo a falta de precisão técnicas existentes ser julgada pela vasta quantidade de metodologias até hoje propostas. O presente estudo teve como principais objetivos a revisão e comparação de métodos de avaliação da torção femoral no cão, entender onde se localizam as maiores fontes de variabilidade de mensuração e aferir qual a relação entre o comprimento do fémur e o seu grau de torção, com recurso a imagens recolhidas por tomografia computorizada. Para esse efeito, foram desenhados e implementados dois protocolos de execução baseados em duas técnicas de medição por reconstrução multiplanar axial revistas (Protocolo 1 e Protocolo 2) e os fémures medidos e divididos em três grupos (Grupo 1, Grupo 2 e Grupo 3) em função do seu comprimento. A implementação dos protocolos de medição, nos 45 casos em estudo, forneceu valores de torção femoral entre os 13.60º e os 46.80º, tendo sido a média das medições efetuadas com recurso ao Protocolo 1 de 30.07º ± 7.22º e a média das medições do Protocolo 2 de 24.41º ± 6.64º. Com recurso à análise estatística dos valores das medições é possível afirmar que o Protocolo 1 apresentou uma repetibilidade intra-observador menor e que deu origem a valores de torção tendencialmente mais altos, quando comparado ao Protocolo 2. A divisão dos valores de torção em função do comprimento dos fémures em análise revelou que parece haver relação entre fémures mais pequenos e graus de torção menores, mas não mostrou que este parâmetro tenha trazido maior dificuldade na marcação dos pontos de referência necessários. Devido à grande heterogeneidade de valores de torção femoral medidos nos diferentes estudos consultados e à ausência, tanto de um método de referência como de um espectro de valores considerados normais para o cão, a acuidade da tentativa de mimetização das técnicas originais e exatidão das mensurações foram condicionadas. É de concluir que este parâmetro de avaliação morfométrica do fémur carece de mais estudos para que conclusões mais claras e frutíferas possam ser tiradas. |
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O presente estudo teve como principais objetivos a revisão e comparação de métodos de avaliação da torção femoral no cão, entender onde se localizam as maiores fontes de variabilidade de mensuração e aferir qual a relação entre o comprimento do fémur e o seu grau de torção, com recurso a imagens recolhidas por tomografia computorizada. Para esse efeito, foram desenhados e implementados dois protocolos de execução baseados em duas técnicas de medição por reconstrução multiplanar axial revistas (Protocolo 1 e Protocolo 2) e os fémures medidos e divididos em três grupos (Grupo 1, Grupo 2 e Grupo 3) em função do seu comprimento. A implementação dos protocolos de medição, nos 45 casos em estudo, forneceu valores de torção femoral entre os 13.60º e os 46.80º, tendo sido a média das medições efetuadas com recurso ao Protocolo 1 de 30.07º ± 7.22º e a média das medições do Protocolo 2 de 24.41º ± 6.64º. Com recurso à análise estatística dos valores das medições é possível afirmar que o Protocolo 1 apresentou uma repetibilidade intra-observador menor e que deu origem a valores de torção tendencialmente mais altos, quando comparado ao Protocolo 2. A divisão dos valores de torção em função do comprimento dos fémures em análise revelou que parece haver relação entre fémures mais pequenos e graus de torção menores, mas não mostrou que este parâmetro tenha trazido maior dificuldade na marcação dos pontos de referência necessários. Devido à grande heterogeneidade de valores de torção femoral medidos nos diferentes estudos consultados e à ausência, tanto de um método de referência como de um espectro de valores considerados normais para o cão, a acuidade da tentativa de mimetização das técnicas originais e exatidão das mensurações foram condicionadas. É de concluir que este parâmetro de avaliação morfométrica do fémur carece de mais estudos para que conclusões mais claras e frutíferas possam ser tiradas.Deformities of the femur in the transverse plane, also known as torsional deformities, are defined as the rotation of the femur around its own anatomical axis. Studies on the clinical importance of femoral torsion in dogs seem to show some influence of this type of deformity in the etiopathogenesis of certain joint disorders at the hip and knee. . Although the study of this morphometric parameter of the femur is highly useful in current veterinary orthopedic practice, there is still no reference measurement method, and the lack of precision in existing techniques can be judged by the vast number of methodologies proposed to date. The main objectives of this study were to review and compare methods for evaluating femoral torsion in dogs, to understand where the greatest sources of variability lie, and to determine the relationship between femur length and its degree of torsion. For this purpose, two execution protocols based on two reviewed multiplanar reconstruction measurement techniques were designed and implemented (Protocol 1 and Protocol 2), and the femurs were measured and divided into three groups (Group 1, Group 2, and Group 3). The implementation of the protocols in the 45 cases under study provided femoral torsion values between 13.60º and 46.80º, with the average measurements using Protocol 1 being 30.07º ± 7.22º and the average measurements using Protocol 2 being 24.41º ± 6.64º. Statistical analysis of the measurement values shows that Protocol 1 had lower intra-observer repeatability and tended to produce higher torsion values compared to Protocol 2. The division of torsion values based on the length of the femurs analyzed revealed that there appears to be a relationship between smaller femurs and lower degrees of torsion, but this parameter did not pose greater difficulty in marking the necessary reference points. Due to the significant heterogeneity of femoral torsion values measured in different studies and the absence of a reference method or a range of values considered normal for dogs, the accuracy of mimicking the original techniques and the precision of the measurements were compromised. It can be concluded that this morphometric evaluation parameter of the femur requires further studies for clearer and more useful conclusions to be drawn.2023-11-02T09:48:32Z2023-05-03T00:00:00Z2023-05-03info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10348/11877porPorto, Melissa Gomesinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-02T12:57:25Zoai:repositorio.utad.pt:10348/11877Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:06:39.137728Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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