A delinquência juvenil contada por ambos os géneros: Estudo qualitativo sobre o crime, a violência e a mudança
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.12/4371 |
Resumo: | A delinquência juvenil é, actualmente, um fenómeno crescente que tem um impacto directo nas nossas sociedades. Estes adolescentes encontram no crime e na violência um escape de uma história de vida marcada pelo sofrimento psíquico e por vivências traumáticas, nomeadamente ao nível familiar. Muitos estudos centram-se na delinquência juvenil masculina, mas será que as raparigas delinquentes olham da mesma forma para o crime e a violência, característicos do seu comportamento delinquente? Como será que rapazes e raparigas encaram a sua experiência de internamento em Centro Educativo? Será essa uma mudança com perspectiva futura? Optando por uma abordagem qualitativa e com base num guião semi-estruturado, entrevistámos 18 rapazes e raparigas, com idades compreendidas entre os 14 e 18 anos, a cumprir medida de internamento num Centro Educativo. Com o intuito de compreender se existem diferenças nas suas percepções subjectivas relativas aos temas considerados, demos voz aos protagonistas de ambos os géneros. As 18 entrevistas transcritas constituíram o corpus para a análise de conteúdo. No tema do crime, as raparigas debruçam-se sobre as causas dos comportamentos delituosos, sendo que os rapazes expõem claramente que o objectivo principal é a aquisição de bens materiais, mesmo que para isso tenham que usar a violência. Ambos os géneros referem-se à mudança experienciada durante o internamento, se bem que as raparigas estão mais ligadas à escola e à mudança efectiva que os rapazes. Concluímos que existem diferenças entre os géneros relativamente à vivência da delinquência juvenil, devendo estas ser consideradas nos programas de intervenção. |
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A delinquência juvenil contada por ambos os géneros: Estudo qualitativo sobre o crime, a violência e a mudançaDelinquência juvenilAdolescênciaCrimeViolênciaMudançaJuvenile delinquencyAdolescenceCrimeViolenceChangeDomínio/Área Científica::Ciências Sociais::PsicologiaA delinquência juvenil é, actualmente, um fenómeno crescente que tem um impacto directo nas nossas sociedades. Estes adolescentes encontram no crime e na violência um escape de uma história de vida marcada pelo sofrimento psíquico e por vivências traumáticas, nomeadamente ao nível familiar. Muitos estudos centram-se na delinquência juvenil masculina, mas será que as raparigas delinquentes olham da mesma forma para o crime e a violência, característicos do seu comportamento delinquente? Como será que rapazes e raparigas encaram a sua experiência de internamento em Centro Educativo? Será essa uma mudança com perspectiva futura? Optando por uma abordagem qualitativa e com base num guião semi-estruturado, entrevistámos 18 rapazes e raparigas, com idades compreendidas entre os 14 e 18 anos, a cumprir medida de internamento num Centro Educativo. Com o intuito de compreender se existem diferenças nas suas percepções subjectivas relativas aos temas considerados, demos voz aos protagonistas de ambos os géneros. As 18 entrevistas transcritas constituíram o corpus para a análise de conteúdo. No tema do crime, as raparigas debruçam-se sobre as causas dos comportamentos delituosos, sendo que os rapazes expõem claramente que o objectivo principal é a aquisição de bens materiais, mesmo que para isso tenham que usar a violência. Ambos os géneros referem-se à mudança experienciada durante o internamento, se bem que as raparigas estão mais ligadas à escola e à mudança efectiva que os rapazes. Concluímos que existem diferenças entre os géneros relativamente à vivência da delinquência juvenil, devendo estas ser consideradas nos programas de intervenção.ABSTRACT: Currently, juvenile delinquency is an increasing phenomenon with a direct impact in our society. These teenagers find in crime and violence an escape from a history of life carved by the psychic suffering and traumatic experiences, namely at the family level. Many studies concentrate themselves on masculine juvenile delinquency, but is it possible that delinquent girls look the same way at crime and violence, characteristics of their delinquent behaviour? How do boys and girls face their experience during their detention inside youth detention centers? Is that a change with future perspectives? Opting for a qualitative approach and with a semi-structured guide as base, we interviewed 18 boys and girls with ages ranging from 14 to 18 years, detained in a youth detention center. Aiming to understand if there are differences in their subjective perceptions about the considered subjects, we gave voice to protagonists of both genders. The 18 transcribed interviews compose the corpus for the content analysis. On the crime topic, girls focused on the causes of criminal behaviour and boys clearly state that the main objective is the acquisition of material goods, even if they have to use violence. Both genders refer to change experienced during detention, although girls are more connected to school and effective change than boys. We conclude that there are differences between genders regarding experience with juvenile delinquency that should be considered on intervention plans.Pais, Lúcia Maria de Sousa Gomes GouveiaRepositório do ISPAMartins, Raquel Oliveira2016-02-24T15:42:00Z2009-01-01T00:00:00Z2009-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.12/4371porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-05T16:40:06Zoai:repositorio.ispa.pt:10400.12/4371Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:22:13.635755Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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