“Ser pequeno na cidade”: fraturas e desvios do espaço urbano na literatura para a infância

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Melão, Dulce
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.19/7656
Resumo: Este artigo tem como objetivo indagar modos de reler fraturas e desvios do espaço urbano no livro-álbum Siga a seta! Uma aventura (só para corajosos) no espaço entre as setas (MARTINS, 2010). Alicerçada numa caminhada cujas linhas teóricas norteadoras contemplam acordes da distopia que reabrem contrastes entre o “espaço opressor” (BOLLNOW, 2019) e a “experiência poética do espaço” (PETIT, 2020), a reflexão realizada procura interrogar os seus desdobramentos e disrupções. Para tal, foram estabelecidos os seguintes objetivos: i) compreender o modo como a cidade pode ser redesenhada enquanto espaço velador de contrastes que se nutrem de fraturas germinadoras de poesia; ii) refletir sobre as consequências de tal reconfiguração espacial enquanto móbil instigador da participação dos leitores na reconstrução do tecido plurissignificativo da cidade; iii) demandar os limiares que o “espaço entre as setas” reconstrói, abrindo mobilidades de habitar a cidade, em plena liberdade. Conclui-se que, na obra analisada, a cidade se revela enquanto espaço multiplicador de espaços que ressoam para além da página, reconstituindo limiares que se alimentam do sonho e da dor, em acordes distópicos que fomentam o inesperado.
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