A influência da luta contra o “novo” terrorismo na derrota da ETA

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Romão, Filipe Vasconcelos
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11144/2896
Resumo: A primeira década do século XXI assistiu ao reforço do protagonismo do terrorismo na agenda da política internacional. Acontecimentos como o 11 de Setembro de 2001 (Nova Iorque e Washington), o 11 de Março de 2004 (Madrid) ou o 7 de Julho de 2005 (Londres) foram determinantes para afectar as prioridades da política externa da generalidade dos governos nacionais. A vida de milhões de cidadãos viu-se afectada, opções governativas foram subvertidas, novos conflitos foram desencadeados. Apesar de haver registo de tentativas de condicionamento político por via da violência desde a Antiguidade, nunca como nas últimas décadas a influência da ameaça parece ter sido tão forte. Vários autores consideram que o terrorismo moderno tem origem no chamado “Período do Terror” que, entre 1793 e 1794, terá subvertido a Revolução Francesa. O terror era, então, exercido a partir do Estado/governo, ao contrário do que acontece com o fenómeno que se desenvolve a partir de finais do século XIX. Também convirá ter em conta que, ao longo do século XX, a expressão “terrorismo” é empregue nos mais variados contextos, quase sempre com uma conotação negativa e muitas vezes com objectivos políticos implícitos por parte de quem a utiliza para classificar outrem: o conceito é instrumentalizado politicamente. Cumpre, porém, aos campos da Ciência Política, das Relações Internacionais e do próprio jornalismo a compreensão e análise do terrorismo enquanto forma de acção política violenta e cumpre procurar uma aproximação a definições minimamente satisfatórias e eficazes enquanto instrumentos de análise.
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