LESÃO CORTOPERFURANTE COMPLICADA NUMA ENFERMEIRA DOS CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS: UM RELATO DE CASO
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Data de Publicação: | 2023 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Relatório |
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Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2183-84532023000200704 |
Resumo: | RESUMO Introdução Os acidentes de trabalho resultantes da utilização de objetos cortoperfurantes são eventos frequentes e preveníveis entre os profissionais de saúde. A prevalência da infeção secundária depende de vários fatores, relativos ao utente, profissional de saúde e à adesão dos protocolos preventivos. Com este trabalho, pretende-se expor um caso clínico relativo a um acidente de uma profissional de saúde dos cuidados de saúde primários, que sofreu um corte com objeto cortante alertando para a importância do reporte adequado. Descrição do caso Mulher, 54 anos, enfermeira nos cuidados de saúde primários com 27 anos de experiência. Apresenta, como antecedentes, colite ulcerosa sob terapêutica imunossupressora. No final do turno de trabalho, sofreu um corte autoinflingido com a lâmina do bisturi conspurcada, enquanto drenava um panarício, que resultou numa ferida superficial do segundo dedo na mão direita. A notificação foi efetuada 36 horas após o acidente, aquando do desenvolvimento de celulite local. Posteriormente, a infeção complicou com provável osteomielite. Cumpriu dois esquemas de antibioterapia, na reavaliação imagiológica apresenta integridade óssea e sinais de tenossinovite dos flexores do dedo lesado. Está ausente do serviço há quinze semanas e aguarda orientação por Medicina Física e Reabilitação. Discussão Os profissionais de saúde apresentam maior risco de acidentes de trabalho, nomeadamente, de sofrerem lesões com objetos cortoperfurantes. Segundo a literatura, os acidentes desta natureza são mais frequentes entre enfermeiros do sexo feminino e ocorrem mais nas mãos, tal como o caso descrito. De entre os fatores que aumentam a probabilidade destas ocorrências, encontra-se a elevada carga laboral e o número de horas trabalhadas. Destaca-se como particularidade deste caso, a imunodeficiência adquirida secundária à terapêutica com metotrexato como principal condicionante da doença mais arrastada. Este sinistro condicionou impacto para a profissional e para a dinâmica da equipa de trabalho, com a necessidade de ajuste de tarefas e contratação temporária de outro profissional. Conclusão Sendo as lesões cortoperfurantes frequentes e preveníveis, é importante incentivar a sua notificação. Para proteger a saúde dos profissionais lesados para que possam ser desenvolvidas medidas preventivas e corretivas. Adicionalmente, é relevante conhecer os antecedentes do utente, do profissional de saúde e o mecanismo da lesão, para estratificar o risco de infeção secundária associado. Em conclusão, revela-se importante a cooperação dos serviços de Saúde Ocupacional com os restantes profissionais de saúde para a gestão adequada dos riscos ocupacionais. |
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LESÃO CORTOPERFURANTE COMPLICADA NUMA ENFERMEIRA DOS CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS: UM RELATO DE CASOacidente de trabalholesões cortoperfurantesnotificação de incidentesmedicina geral e familiarmedicina do trabalhosegurança do trabalho.RESUMO Introdução Os acidentes de trabalho resultantes da utilização de objetos cortoperfurantes são eventos frequentes e preveníveis entre os profissionais de saúde. A prevalência da infeção secundária depende de vários fatores, relativos ao utente, profissional de saúde e à adesão dos protocolos preventivos. Com este trabalho, pretende-se expor um caso clínico relativo a um acidente de uma profissional de saúde dos cuidados de saúde primários, que sofreu um corte com objeto cortante alertando para a importância do reporte adequado. Descrição do caso Mulher, 54 anos, enfermeira nos cuidados de saúde primários com 27 anos de experiência. Apresenta, como antecedentes, colite ulcerosa sob terapêutica imunossupressora. No final do turno de trabalho, sofreu um corte autoinflingido com a lâmina do bisturi conspurcada, enquanto drenava um panarício, que resultou numa ferida superficial do segundo dedo na mão direita. A notificação foi efetuada 36 horas após o acidente, aquando do desenvolvimento de celulite local. Posteriormente, a infeção complicou com provável osteomielite. Cumpriu dois esquemas de antibioterapia, na reavaliação imagiológica apresenta integridade óssea e sinais de tenossinovite dos flexores do dedo lesado. Está ausente do serviço há quinze semanas e aguarda orientação por Medicina Física e Reabilitação. Discussão Os profissionais de saúde apresentam maior risco de acidentes de trabalho, nomeadamente, de sofrerem lesões com objetos cortoperfurantes. Segundo a literatura, os acidentes desta natureza são mais frequentes entre enfermeiros do sexo feminino e ocorrem mais nas mãos, tal como o caso descrito. De entre os fatores que aumentam a probabilidade destas ocorrências, encontra-se a elevada carga laboral e o número de horas trabalhadas. Destaca-se como particularidade deste caso, a imunodeficiência adquirida secundária à terapêutica com metotrexato como principal condicionante da doença mais arrastada. Este sinistro condicionou impacto para a profissional e para a dinâmica da equipa de trabalho, com a necessidade de ajuste de tarefas e contratação temporária de outro profissional. Conclusão Sendo as lesões cortoperfurantes frequentes e preveníveis, é importante incentivar a sua notificação. Para proteger a saúde dos profissionais lesados para que possam ser desenvolvidas medidas preventivas e corretivas. Adicionalmente, é relevante conhecer os antecedentes do utente, do profissional de saúde e o mecanismo da lesão, para estratificar o risco de infeção secundária associado. Em conclusão, revela-se importante a cooperação dos serviços de Saúde Ocupacional com os restantes profissionais de saúde para a gestão adequada dos riscos ocupacionais.Ajeogene Serviços Médicos Lda2023-12-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/reporttext/htmlhttp://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2183-84532023000200704Revista Portuguesa de Saúde Ocupacional online v.16 2023reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAPporhttp://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2183-84532023000200704Correia,RAntónio,CPalhau,RMarafona,Ainfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-02-06T17:31:34Zoai:scielo:S2183-84532023000200704Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:34:38.615016Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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