#121. A importância da saúde oral na medicina geral e familiar
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.14/34509 |
Resumo: | Objetivos: O médico de família tem um papel fundamental na perceção das necessidades de saúde dos seus utentes. Em Portugal, a saúde oral é por vezes negligenciada. Assim, é fulcral perceber a importância que o médico de família atribui à saúde oral de um utente e se o mesmo efetua uma avaliação preliminar da saúde oral, e perceber quais os comportamentos de saúde oral dos seus utentes, de modo a poder reencaminhar para uma consulta de saúde oral. Com este estudo, pretende‐se compreender a perceção que cada médico de família tem relativamente à saúde oral dos seus utentes e caracterizar a consulta de medicina geral e familiar (MGF) relativamente à vertente de saúde oral. Materiais e métodos: Foi realizado um estudo observacional transversal através da aplicação de um questionário aos médicos de MGF das unidades de saúde familiar de Viseu. Obteve‐se uma amostra final de 34 médicos de MGF que entregaram os questionários completos. O questionário dividia‐se em 5 grupos: o primeiro grupo estava direcionado para a aquisição de dados sociodemográficos; o segundo grupo centrava‐se nos procedimentos médicos efetuados em casos de patologia oral; o terceiro grupo avaliava o conhecimento acerca da saúde oral; o quarto grupo referia‐se a questões acerca do conhecimento de saúde oral pediátrico; o quinto grupo avaliava os conhecimentos acerca da saúde oral em geral. Resultados: Os dados recolhidos revelam que 85,3% dos médicos sabem em que idades erupciona o primeiro dente permanente na criança, no entanto, apenas 14% responderam que o primeiro dente permanente a erupcionar seria o 1.° molar permanente. Apenas 55% dos médicos reconhecem que os primeiros sinais de cárie dentária constituem no aparecimento de manchas brancas ou linhas nas superfícies dentárias. Relativamente à principal causa de doenças periodontais, 82,3% dos médicos de MGF reconhecem que é a placa bacteriana. No entanto, apenas 26,5% dos indivíduos associam o risco aumentado de cárie dentária à toma de antidepressivos. Em relação a patologias sistémicas, 91,2% dos médicos de MGF associam as doenças periodontais a doenças cardiovasculares. Conclusões: Os médicos de MGF demonstram um nível de conhecimento aceitável relativamente à saúde oral dos seus utentes, contudo revelam um claro interesse na realização de formações relativamente a conhecimentos sobre saúde oral, por forma a conseguirem definir programas de promoção de saúde oral e prevenção de doenças orais. |
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