A comunicação não-verbal e o assédio sexual: um olhar sobre as diferenças de géneros dentro das organizações
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10348/10829 |
Resumo: | Há muito tempo que o Homem tem aperfeiçoada a arte, o talento para comunicar, introduzindo na sua vida, novos canais e meios de comunicação com a pretensão de estabelecer novas relações ou manter aquelas que outrora terá criado. (Dias 2016:6) A comunicação é assim, um ponto fulcral e essencial para as relações interpessoais e organizacionais. Ela estabelece um código quer verbal ou não verbal na conduta e na criação destas relações e por isso, a comunicação empresarial ser nos dias correntes, algo bastante importante para o sucesso, desenvolvimento e reconhecimento de uma empresa, tendo em conta o seu público-alvo. (Rodrigues 2014:29) A comunicação é entendida como um alicerce que dá forma à organização, valor, expressão e até mesmo identidade, para que a mesma seja reconhecida pelos diversos públicos internos e externos. Um processo de comunicação não é identificado atualmente, como apenas um meio de troca de informações, mas sim considerado um meio de poder, a partir do momento em que gera reações e atitudes. Ela, a comunicação, pelo seu simples facto de existir, seja em qual for o ambiente em que esteja inserida, é capaz de gerar influências. Mais que isso, exercer em plenitude, um poder muito importante que definimos como “poder expressivo”. (Titoce 2012:13/14). A comunicação pode ser processada em dois níveis: verbal e não-verbal. O primeiro nível que mencionamos refere-se à fala, à escrita e à troca de símbolos convencionais, enquanto que o segundo nível, a comunicação não-verbal, engloba um conjunto alargado de formas e suportes que podem ser identificados no olhar, expressão facial, movimentação do corpo, postura, gestos, distância relativa entre as pessoas enquanto dialogam, a utilização da voz, a aparência física. (Rodrigues 2014:29). No contexto laboral, a comunicação não-verbal marca os estatutos sociais, os comportamentos, indicando quem manda e quem obedece. Atualmente, o nosso corpo é entendido como um instrumento suficientemente capaz de comunicar, através das expressões corporais. (Dias 2016:6). Neste seguimento de ideias, no presente trabalho discute-se o impacto que a comunicação não-verbal terá no seio organizacional e se isso poderá ter alguma influência com a identificação de casos de assédio sexual, enquanto nos debatemos igualmente sobre as diferenças de género dentro de organizações. Para testar estas variáveis, que são os temas centrais desta investigação, recorreu-se a um método do tipo quantitativo, operacionalizado através de um questionário a 100 pessoas do distrito de Vila Real e a um método qualitativo, uma entrevista realizada a Andreia Carvalho, fundadora de um movimento social do mesmo distrito referido anteriormente. Face ao exposto, os dados confirmaram a hipótese teórica do trabalho: existe uma forte correlação entre a comunicação não-verbal e o assédio sexual, e o mesmo pode ser identificado por este tipo de comunicação. Assim como, o tipo de comunicação estipulado por uma empresa, pode traçar algumas diferenças de género, afetado negativamente o empenhamento organizacional. |
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Um processo de comunicação não é identificado atualmente, como apenas um meio de troca de informações, mas sim considerado um meio de poder, a partir do momento em que gera reações e atitudes. Ela, a comunicação, pelo seu simples facto de existir, seja em qual for o ambiente em que esteja inserida, é capaz de gerar influências. Mais que isso, exercer em plenitude, um poder muito importante que definimos como “poder expressivo”. (Titoce 2012:13/14). A comunicação pode ser processada em dois níveis: verbal e não-verbal. O primeiro nível que mencionamos refere-se à fala, à escrita e à troca de símbolos convencionais, enquanto que o segundo nível, a comunicação não-verbal, engloba um conjunto alargado de formas e suportes que podem ser identificados no olhar, expressão facial, movimentação do corpo, postura, gestos, distância relativa entre as pessoas enquanto dialogam, a utilização da voz, a aparência física. (Rodrigues 2014:29). No contexto laboral, a comunicação não-verbal marca os estatutos sociais, os comportamentos, indicando quem manda e quem obedece. Atualmente, o nosso corpo é entendido como um instrumento suficientemente capaz de comunicar, através das expressões corporais. (Dias 2016:6). Neste seguimento de ideias, no presente trabalho discute-se o impacto que a comunicação não-verbal terá no seio organizacional e se isso poderá ter alguma influência com a identificação de casos de assédio sexual, enquanto nos debatemos igualmente sobre as diferenças de género dentro de organizações. Para testar estas variáveis, que são os temas centrais desta investigação, recorreu-se a um método do tipo quantitativo, operacionalizado através de um questionário a 100 pessoas do distrito de Vila Real e a um método qualitativo, uma entrevista realizada a Andreia Carvalho, fundadora de um movimento social do mesmo distrito referido anteriormente. Face ao exposto, os dados confirmaram a hipótese teórica do trabalho: existe uma forte correlação entre a comunicação não-verbal e o assédio sexual, e o mesmo pode ser identificado por este tipo de comunicação. Assim como, o tipo de comunicação estipulado por uma empresa, pode traçar algumas diferenças de género, afetado negativamente o empenhamento organizacional.Since a long time ago, the Man has perfected the art, the talento to communicate, introducing new channels and means of communication into is life with de intention of establishing new relationships or maintaining those he once created. (Dias 2016:6). Communication is in that way, a central and essential point for interpersonal and organizational relationships. It estabilishes a code, whether verbal or non-verbal, in the conduct and creation off these relationships and, for those reasons, business communication is nowadays something very important for the sucess, development and recognition of a company, taking into account its target audience. (Rodrigues 2014:29). Communication is understood as foundation that gives shape to the organization, value, expression and even identity, for the same be recognized by both of target or non target audiences. A communication process is not currently identified, as just a means of exchanging information, but rather considered a means of power, from the moment it generates reactions and attitudes. Communication, due to its simple fact of existing, in whatever environment it is inserted, is capable of generating influences. More than that, exercise in full a very important power that we define as "expressive power". (Titoce 2012:13/14) Communication can be processed at two levels: verbal and non-verbal. The first level mentioned above refers to speech, writing and the exchange of conventional symbols, while the second level, non-verbal communication, encompasses a wide range of forms and supports that can be identified in the look, facial expression, body movement, posture, gestures, relative distance between people while talking, the use of voice, physical appearance. (Rodrigues 2014:29). In the work context, non-verbal communications marks social status, behaviours indicating who’s in charge and who’s obeying. Currently our body is understood as na instrument sufficiently capable of communicating, through body expressions. (Dias 2016:6) In this follow-up of ideas, the present work discusses the impact that non-verbal communication will have on the organizational environment and whether this may have any influence with the identification of cases of sexual harassment, while we are also debating on gender differences within organizations. To test these variables, which are the central themes of this investigation, a quantitative method was used, operated through a questionnaire to 100 people in the district of Vila Real and a qualitative method, an 15 interview with Andreia Carvalho, founder of a social movement in the same district mentioned above. In view of the above, the data confirmed the theoretical hypothesis of the work: there is a strong correlation between non-verbal communication and sexual harassment, and the same can be identified by this type of communication. As well as, the type of communication stipulated by a company, can trace some gender differences, negatively affecting organizational commitment.2021-11-23T15:51:28Z2021-01-11T00:00:00Z2021-01-11info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10348/10829porSilva, Vera Marisa Oliveirainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-03-24T04:38:42Zoai:repositorio.utad.pt:10348/10829Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openairemluisa.alvim@gmail.comopendoar:71602024-03-24T04:38:42Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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Há muito tempo que o Homem tem aperfeiçoada a arte, o talento para comunicar, introduzindo na sua vida, novos canais e meios de comunicação com a pretensão de estabelecer novas relações ou manter aquelas que outrora terá criado. (Dias 2016:6) A comunicação é assim, um ponto fulcral e essencial para as relações interpessoais e organizacionais. Ela estabelece um código quer verbal ou não verbal na conduta e na criação destas relações e por isso, a comunicação empresarial ser nos dias correntes, algo bastante importante para o sucesso, desenvolvimento e reconhecimento de uma empresa, tendo em conta o seu público-alvo. (Rodrigues 2014:29) A comunicação é entendida como um alicerce que dá forma à organização, valor, expressão e até mesmo identidade, para que a mesma seja reconhecida pelos diversos públicos internos e externos. Um processo de comunicação não é identificado atualmente, como apenas um meio de troca de informações, mas sim considerado um meio de poder, a partir do momento em que gera reações e atitudes. Ela, a comunicação, pelo seu simples facto de existir, seja em qual for o ambiente em que esteja inserida, é capaz de gerar influências. Mais que isso, exercer em plenitude, um poder muito importante que definimos como “poder expressivo”. (Titoce 2012:13/14). A comunicação pode ser processada em dois níveis: verbal e não-verbal. O primeiro nível que mencionamos refere-se à fala, à escrita e à troca de símbolos convencionais, enquanto que o segundo nível, a comunicação não-verbal, engloba um conjunto alargado de formas e suportes que podem ser identificados no olhar, expressão facial, movimentação do corpo, postura, gestos, distância relativa entre as pessoas enquanto dialogam, a utilização da voz, a aparência física. (Rodrigues 2014:29). No contexto laboral, a comunicação não-verbal marca os estatutos sociais, os comportamentos, indicando quem manda e quem obedece. Atualmente, o nosso corpo é entendido como um instrumento suficientemente capaz de comunicar, através das expressões corporais. (Dias 2016:6). Neste seguimento de ideias, no presente trabalho discute-se o impacto que a comunicação não-verbal terá no seio organizacional e se isso poderá ter alguma influência com a identificação de casos de assédio sexual, enquanto nos debatemos igualmente sobre as diferenças de género dentro de organizações. Para testar estas variáveis, que são os temas centrais desta investigação, recorreu-se a um método do tipo quantitativo, operacionalizado através de um questionário a 100 pessoas do distrito de Vila Real e a um método qualitativo, uma entrevista realizada a Andreia Carvalho, fundadora de um movimento social do mesmo distrito referido anteriormente. Face ao exposto, os dados confirmaram a hipótese teórica do trabalho: existe uma forte correlação entre a comunicação não-verbal e o assédio sexual, e o mesmo pode ser identificado por este tipo de comunicação. Assim como, o tipo de comunicação estipulado por uma empresa, pode traçar algumas diferenças de género, afetado negativamente o empenhamento organizacional. |
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