Síndrome Retrovírica Aguda
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2007 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.17/4371 |
Resumo: | A síndrome retrovírica aguda ou infecção primária pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH), tem manifestações clínicas inespecíficas, sendo raramente diagnosticada. Como a sintomatologia pode ocorrer antes da formação de anticorpos detectáveis pelos testes classicamente utilizados, o diagnóstico deverá basear-se num elevado índice de suspeição clínica associado a um correcto pedido e interpretação dos testes laboratoriais. Apresenta-se doente de sexo feminino, 64 anos, internada por quadro com 3 dias de evolução de exantema maculopapular do tronco e da face, ulcerações aftosas orais, febre, mialgias e quebra do estado geral. Negava consumo de qualquer fármaco ou drogas recreativas, comportamento sexual de risco ou patologia dermatológica prévia. Foi efectuado estudo analítico, de cujos resultados se salientam: VIH por teste ELISA de 4ª Geração fracamente positivo; Antigénio p24 positivo; Western-Blot negativo; Carga Viral elevada para VIH1. O exame histológico das lesões cutâneas foi compatível com exantema viral. Após avaliação em Consulta de Imunodeficiência, iniciou terapêutica anti-retrovírica tripla. Teve alta ao 7º dia de internamento, com melhoria franca das lesões cutâneas e da restante sintomatologia. A valorização dos testes analíticos para a infecção VIH deverá ser baseada no conhecimento da evolução clínica e analítica da mesma. Dado o “período de janela” da infecção, é importante salientar que perante a suspeita de síndrome retrovírica aguda é essencial a pesquisa de partículas virais (Antigénio p24 ou carga Viral). Discute-se a controvérsia associada à introdução de terapêutica anti-retrovírica nesta fase precoce da infecção. |
id |
RCAP_69a91f7c80d31423e410bba5e473deec |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.chlc.min-saude.pt:10400.17/4371 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
Síndrome Retrovírica AgudaAcute Retroviral SyndromeHSAC DERHSJ MEDHIVTerapêuticaManifestações CutâneasA síndrome retrovírica aguda ou infecção primária pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH), tem manifestações clínicas inespecíficas, sendo raramente diagnosticada. Como a sintomatologia pode ocorrer antes da formação de anticorpos detectáveis pelos testes classicamente utilizados, o diagnóstico deverá basear-se num elevado índice de suspeição clínica associado a um correcto pedido e interpretação dos testes laboratoriais. Apresenta-se doente de sexo feminino, 64 anos, internada por quadro com 3 dias de evolução de exantema maculopapular do tronco e da face, ulcerações aftosas orais, febre, mialgias e quebra do estado geral. Negava consumo de qualquer fármaco ou drogas recreativas, comportamento sexual de risco ou patologia dermatológica prévia. Foi efectuado estudo analítico, de cujos resultados se salientam: VIH por teste ELISA de 4ª Geração fracamente positivo; Antigénio p24 positivo; Western-Blot negativo; Carga Viral elevada para VIH1. O exame histológico das lesões cutâneas foi compatível com exantema viral. Após avaliação em Consulta de Imunodeficiência, iniciou terapêutica anti-retrovírica tripla. Teve alta ao 7º dia de internamento, com melhoria franca das lesões cutâneas e da restante sintomatologia. A valorização dos testes analíticos para a infecção VIH deverá ser baseada no conhecimento da evolução clínica e analítica da mesma. Dado o “período de janela” da infecção, é importante salientar que perante a suspeita de síndrome retrovírica aguda é essencial a pesquisa de partículas virais (Antigénio p24 ou carga Viral). Discute-se a controvérsia associada à introdução de terapêutica anti-retrovírica nesta fase precoce da infecção.Sociedade Portuguesa de Dermatologia e VenereologiaRepositório do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, EPESerrão, VCaldas Lopes, LLampreia, FGermano, IPaiva Lopes, MJ2023-01-31T14:58:17Z20072007-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.17/4371porTrab Soc Port Dermatol Venereol 2007;65(2):251-259info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-03-10T09:46:17Zoai:repositorio.chlc.min-saude.pt:10400.17/4371Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:21:41.938028Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Síndrome Retrovírica Aguda Acute Retroviral Syndrome |
title |
Síndrome Retrovírica Aguda |
spellingShingle |
Síndrome Retrovírica Aguda Serrão, V HSAC DER HSJ MED HIV Terapêutica Manifestações Cutâneas |
title_short |
Síndrome Retrovírica Aguda |
title_full |
Síndrome Retrovírica Aguda |
title_fullStr |
Síndrome Retrovírica Aguda |
title_full_unstemmed |
Síndrome Retrovírica Aguda |
title_sort |
Síndrome Retrovírica Aguda |
author |
Serrão, V |
author_facet |
Serrão, V Caldas Lopes, L Lampreia, F Germano, I Paiva Lopes, MJ |
author_role |
author |
author2 |
Caldas Lopes, L Lampreia, F Germano, I Paiva Lopes, MJ |
author2_role |
author author author author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Repositório do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, EPE |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Serrão, V Caldas Lopes, L Lampreia, F Germano, I Paiva Lopes, MJ |
dc.subject.por.fl_str_mv |
HSAC DER HSJ MED HIV Terapêutica Manifestações Cutâneas |
topic |
HSAC DER HSJ MED HIV Terapêutica Manifestações Cutâneas |
description |
A síndrome retrovírica aguda ou infecção primária pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH), tem manifestações clínicas inespecíficas, sendo raramente diagnosticada. Como a sintomatologia pode ocorrer antes da formação de anticorpos detectáveis pelos testes classicamente utilizados, o diagnóstico deverá basear-se num elevado índice de suspeição clínica associado a um correcto pedido e interpretação dos testes laboratoriais. Apresenta-se doente de sexo feminino, 64 anos, internada por quadro com 3 dias de evolução de exantema maculopapular do tronco e da face, ulcerações aftosas orais, febre, mialgias e quebra do estado geral. Negava consumo de qualquer fármaco ou drogas recreativas, comportamento sexual de risco ou patologia dermatológica prévia. Foi efectuado estudo analítico, de cujos resultados se salientam: VIH por teste ELISA de 4ª Geração fracamente positivo; Antigénio p24 positivo; Western-Blot negativo; Carga Viral elevada para VIH1. O exame histológico das lesões cutâneas foi compatível com exantema viral. Após avaliação em Consulta de Imunodeficiência, iniciou terapêutica anti-retrovírica tripla. Teve alta ao 7º dia de internamento, com melhoria franca das lesões cutâneas e da restante sintomatologia. A valorização dos testes analíticos para a infecção VIH deverá ser baseada no conhecimento da evolução clínica e analítica da mesma. Dado o “período de janela” da infecção, é importante salientar que perante a suspeita de síndrome retrovírica aguda é essencial a pesquisa de partículas virais (Antigénio p24 ou carga Viral). Discute-se a controvérsia associada à introdução de terapêutica anti-retrovírica nesta fase precoce da infecção. |
publishDate |
2007 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2007 2007-01-01T00:00:00Z 2023-01-31T14:58:17Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10400.17/4371 |
url |
http://hdl.handle.net/10400.17/4371 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
Trab Soc Port Dermatol Venereol 2007;65(2):251-259 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia |
publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799131311893381120 |