O papel do instrumento militar no Smart Power

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gonçalves, Adelaide Paiva
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.26/36185
Resumo: O poder militar, associado à coerção e dissuasão, é a forma mais antiga de poder e apesar do seu emprego ter diminuído face ao passado, continua a ser um importante recurso, pois a sua existência gera segurança. Com a globalização e no decurso da evolução tecnológica, científica e informacional surgiram novas ameaças transnacionais das quais se destaca o terrorismo e o ciberterrorismo, cuja resolução implica uma abordagem holística, designada de Smart Power que utiliza um forte instrumento militar, mas também investe na diplomacia e instituições, possibilitando a delineação de estratégias integradas e eficazes. Este conceito, desenvolvido pelos estadunidenses, foi refletido no novo conceito estratégico da Aliança através da mudança de paradigma do exercício do instrumento militar de comando para cooperação, evidente nas Peace Support Operations e nas operações humanitárias. Surge a diplomacia militar que altera a visão deste recurso como um mero instrumento de guerra, não obstante a permanência da sua presença dissuasora. Assim, o conceito de Smart Power está a ser absorvido pelo instrumento militar, mascarando o seu poder coercivo e servindo, simultaneamente, de apoio a outros recursos intangíveis, demonstrando a alteração do papel do instrumento militar no Sistema Internacional.
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