Caracterização de nanopartículas de ouro em solos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Teixeira, Tiago José Tavares
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/12607
Resumo: A crescente utilização de nanopartículas em aplicações industriais e domésticas tem causado a libertação deste tipo de materiais no ambiente. Avaliar os riscos da presença de nanopartículas em ecossistemas terrestres requer uma compreensão da mobilidade, reatividade, persistência e potencial de transferência na cadeia trófica. Este trabalho tem como principal objetivo a deteção e caracterização de nanopartículas de ouro no solo e na solução do solo. São também avaliadas as interações entre nanopartículas de ouro artificiais e os constituintes do solo, necessárias para determinar a partição solo-solução destas nanopartículas e o seu comportamento em sistemas terrestres. Através de síntese foram obtidas nanopartículas de ouro com 17,8 nm de diâmetro e um potencial zeta de -42,8 mV. Foram preparadas suspensões de nanopartículas com três concentrações (suspensão A: 16,8 mg L-1, B: 8,3 mg L-1 e C: 3,2 mg L-1). A suspensão de nanopartículas foi adicionada a vasos contendo solo, tendo-se recolhido amostras de solução do solo ao longo de 120 dias. A percentagem de ouro nas amostras de solução nunca ultrapassa os 23,0% da concentração inicial adicionada ao solo. No caso da suspensão A varia entre 12,6% às 24 horas até 0,8% ao 15º dia. Na suspensão B varia entre 21,8% às 24 horas até 2,5% ao 10º dia. Por fim, na suspensão C varia entre 23,0% às 24 horas até 4,4% ao 7º dia. A lixiviação de nanopartículas de ouro do solo para a solução do solo ocorre apenas numa fase inicial depois da sua adição aos solos. Finalmente, foram efetuadas extrações químicas (0,43 mol L-1 HNO3, 2 mol L-1 HNO3 e extração in vitro para avaliação da bio acessibilidade (método “SBET”)) da fração sólida para avaliar a reatividade do ouro retido no solo. Tendo em consideração que a concentração de ouro extraída por estes métodos foi inferior ao limite de deteção (0,12 mg L-1) conclui-se que as nanopartículas de ouro retidas na matriz do solo exibem uma reatividade muito reduzida.
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