Vigilância laboratorial da tuberculose em Portugal: relatório 2012
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Outros Autores: | , , , , |
Tipo de documento: | Relatório |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.18/1881 |
Resumo: | Em Portugal, e de acordo com o último relatório do Programa Nacional de luta contra a Tuberculose da Direção-Geral da Saúde, em 2012 foram notificados 2480 casos de tuberculose (TB), dos quais 2286 correspondem a casos novos (taxa de incidência de 21,6/100.000 habitantes). Embora Portugal continue entre os países de incidência intermédia, o único na Europa Ocidental, a incidência dos casos novos parece vir a diminuir desde o início da década de 2000. A incidência de tuberculose multirresistente (TB-MR) tem também vindo a diminuir. Em 2012 a incidência de TB-MR foi de 0,56% (14 casos) do total dos casos de TB registados. Esta é uma proporção inferior à média na UE e encontra-se praticamente circunscrita às áreas metropolitanas do Porto e, principalmente, de Lisboa. De acordo com os dados deste mesmo relatório, o número de casos de TB confirmados dos quais se conhece o perfil de suscetibilidade aos antibacilares tem vindo a diminuir, sendo que é cada vez mais frequente os doentes iniciarem tratamento empiricamente com base apenas em critérios clínicos e radiológicos. De facto, não sendo os laboratórios do INSA os únicos a nível nacional a efetuar isolamento em cultura e respetivo teste de suscetibilidade aos antibacilares (TSA), pode verificar-se, pela análise dos dados laboratoriais, que, embora o número de casos de TB notificados tenha aumentado em 2012, o número de casos de TB confirmados no INSA e com resultado de TSA tem vindo a diminuir. Por outro lado, e em relação aos casos de TB-MR verificamos que, entre 2008-2011, o número de casos notificados ao SVIG tem sido discordante em relação ao número de casos com resultado laboratorial. Em 2012 acentua-se essa diferença,com aumento do número de casos de TB-MR com confirmação laboratorial e que se mantêm sem notificação clínica. Este facto, alerta por si só, para a importância de se avaliarem periodicamente os vários componentes dos sistemas de vigilância, concretamente, no que diz respeito aos atrasos de notificação e consequentes implicações nas decisões a adoptar no controlo e prevenção da transmissão da tuberculose. |
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