Amamentar no Egipto antigo : do prazer na relação materno-infantil à ideologia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sales, José das Candeias
Data de Publicação: 2006
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.2/3379
Resumo: Este artigo é dedicado à consideração e à análise do fenómeno da amamentação no Egipto antigo que, na nossa óptica, entra no campo de uma arqueologia das emoções, com conexões estreitas com o erotismo, o amor e o prazer, categorias do repertório afectivo de todos os tempos. Procuramos neste estudo não nos restringir aos vectores habituais associados ao prazer (o diálogo erótico dos corpos, as sensações do amor carnal, o desejo, a sensualidade), mas reflectir justamente sobre o prazer entendido de uma forma bem mais ampla, neste caso o prazer e a paixão inerentes à relação materno-infantil e expressos/ vividos através do acto de amamentar/ ser amamentado. Iniciamos o tratamento do tema com uma incursão relativamente alargada no universo mental egípcio, no que diz respeito à concepção de vida terrena e às suas principais etapas, onde a problemática da amamentação se insere. Depois, o nosso esforço hermenêutico concentra-se, sobretudo, especificamente, sobre as cenas de amamentação patentes nas paredes dos templos do antigo Egipto (baixos-relevos e pinturas) com o objectivo de determinar as motivações e as finalidades subjacentes à sua produção e inclusão nos respectivos contextos artístico-arquitectónicos.
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