A Qualidade de Vida e Indicadores de Desempenho em Medicina Geral e Familiar

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Pedro Miguel Dias dos
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10316/82505
Resumo: Trabalho de Projeto do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina
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spelling A Qualidade de Vida e Indicadores de Desempenho em Medicina Geral e FamiliarQuality of Life and Performance Indicators in Family MedicineQualidade de vida relacionada com a saúdeEQ-5DIndicadoresMédicosMedicina Geral e FamiliarHealth Related Quality of LifeEQ-5DIndicatorsPhysiciansGeneral Practice/Family MedicineTrabalho de Projeto do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de MedicinaIntrodução: Uma boa relação médico-doente implica um leque de competências em que a empatia assume um papel clínico. A qualidade de vida relacionada com a saúde (QdVRS) das populações, sobretudo a de médicos, é tema atual. A ausência de artigos nesta área em Portugal justificam este estudo.Objetivos: Medir a QdVRS pelo European Quality of Life Questionnaire-5 Dimentions (EQ-5D) e verificar se tal tem impacto em indicadores de desempenho e económicos em Medicina Geral e Familiar (MGF).Métodos: Estudo observacional e transversal, entre Junho e Novembro de 2016, aplicando o EQ-5D numa amostra representativa dos médicos especialistas em MGF de Unidades pertencentes aos Agrupamentos de Centros de Saúde do Baixo Mondego e da Cova da Beira, complementado com um questionário epidemiológico para as variáveis sexo, número de anos de prática profissional (PP) e trabalho em Unidade de Saúde Familiar (USF) ou Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP). Solicitaram-se os seguintes dados de indicadores retirados do Módulo de Informação e Monitorização das Unidades Funcionais (MIMUF) de Dezembro de 2015: Proporção de consultas realizadas pelo respetivo médico de família; Taxa de utilização global de consultas médicas; Despesa de medicamentos prescritos por utente utilizador (preço de venda ao público) e despesa de meios complementares de diagnóstico e terapêutica (MCDTs) prescritos por utente utilizador (preço convencionado). Efetuou-se estatística descritiva e inferencial. Resultados: Amostra de n=218, maioritariamente feminina (60,6%), 54,1% em USF e 50,5% têm até 25 anos de PP. Somente para o indicador “Proporção de consultas realizadas pelo respetivo médico de família”, os médicos com mais de 25 anos de PP apresentam média superior (86,6 ± 9,21 vs 82,45 ± 10,92) (p=0,003). A má QdVRS generaliza-se à população entrevistada (68,8%). Não há diferenças significativas na distribuição das respostas consoante o sexo (p=0,347), tipo de Unidade de Saúde (p=0,420) e número de anos de PP consoante a mediana (p=0,206). Há diferença significativa quanto à QdVRS comparada com o ano anterior (p=0,004). Quando comparado com o ano anterior, o grupo que refere estar melhor quanto à QdVRS, 80,6% mantém uma má QdVRS enquanto que o grupo que refere apresentar um nível pior de QdVRS, 56% tem ainda boa QdVRS. Nos indicadores “Despesa medicamentos prescritos por utilizador” (151,4 ± 50,2) e “Despesa MCDTs prescritos por utilizador” (49,6 ± 21,9) os médicos em boa QdVRS têm valores mais elevados, porém sem diferença significativa.Discussão e conclusão: Dada a inexistência de trabalhos nesta área em Portugal, há a pertinência da concretização de mais estudos, em amostras maiores, para confirmar os presentes resultados. Se a classe médica continuar a manifestar maioritariamente uma má QdVRS, torna-se iminente a adoção de medidas que salvaguardem esta profissão de excelência, o médico. Os indicadores selecionados deveriam ser inequivocamente centrados nos ganhos em saúde. Os exigentes indicadores que orientam a prática médica podem conduzir à focalização, privilegiando tarefas processuais e de contenção financeira para alcançar resultados.Introduction: A good relationship between doctor-patient appeals to a range of competences in which empathy plays a central role. The quality of life related with the health of populations, particularly the medical class, is a subject that is found in order of day. The absence of articles in this area in Portugal justifies this study. Objectives: Measure the quality of life related to health by the European Quality of Life Questionnaire-5 Dimentions (EQ-5D) and verify if this indicator has an impact on performance and economic indicators used in General and Family Medicine.Methods: A cross-sectional and observational study was carried out between June and November 2016, by applying EQ-5D to a representative sample of specialists in General and Family Medicine of Units belonging to the Health Centers Groupings (ACES) of the Baixo Mondego and Cova da Beira, complemented with an epidemiological questionnaire regarding the sex variables, the number of years of practice in General and Family Medicine, and work in a USF or UCSP. Data on the following MIMUF indicators of December 2015 were also requested: Proportion of consultations conducted by the MF; Overall utilization rate of medical consultations; Expenditure of drugs prescribed per user and Expense of MCDT's prescribed by user (agreed price). Descriptive and inferential statistics were performed.Results: A sample of 218 individuals consisted mainly of females (60,6%), 54,1% of USF workers, and 50,5% with up to 25 years of professional practice. Only for the index "Proportion of consultations performed by MF" did doctors with more than 25 years of professional practice present a higher average (86,6 ± 9,21 vs 82,45 ± 10,92) (p = 0,003). We can verify that the poor quality of life related to health generalizes itself to the population interviewed (68,8%). There were no significant differences in the distribution of responses according to gender (p = 0,347), type of Health Unit (p = 0,420) and number of years of professional practice, depending on the median (p = 0,206). There was a significant difference in quality of life compared to the previous year (p = 0,004). Compared to the previous year, it should be noted that in the group that reports that it is better, 80,6% have a poor quality of life, while those who report a worse quality of life, 56% still has a good quality of life. In the indicators "Expenditure prescribed drugs per user" (151,4 ± 50,2) and "Expenditure MCDT’s prescribed per user" (49,6 ± 21,9) there were higher values for doctors with good quality of life, but without significant difference.Discussion and conclusion: Given the lack of work in this area in Portugal, it is possible to see the relevance and some urgency of further studies, this time with more extensive samples in order to confirm the results now obtained. If the medical profession still continues to manifest a poor quality of life, it becomes imminent the need to promote quality of life and adopt measures to safeguard this profession of excellence, a doctor. The selected indicators should be unequivocally centered on health of the patients. The exorbitant goals that exist in medical practice can lead to focus, with privilege for procedural tasks and of financial restriction, in order to achieve results.2017-03-21info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10316/82505http://hdl.handle.net/10316/82505TID:202047792porSantos, Pedro Miguel Dias dosinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-05-25T02:47:06Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/82505Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:04:23.805802Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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