Caracterização do perfil de utilização de medicamentos antidepressivos na Beira Interior
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/920 |
Resumo: | Introdução: A utilização de medicamentos antidepressivos, fármacos mais prescritos para o tratamento da depressão, tem vindo a aumentar nos últimos anos. As várias classes de antidepressivos diferem no seu mecanismo de acção farmacológico e também no perfil de efeitos adversos e potenciais interacções farmacológicas. Estes aspectos podem influenciar a selecção dos medicamentos antidepressivos e a adesão do doente à terapêutica. Objectivo: Caracterizar o perfil de utilização de medicamentos antidepressivos na Beira Interior em função de variáveis sócio-demográficas e farmacológicas. Material e métodos: Efectuou-se um estudo observacional descritivo e transversal, nas farmácias comunitárias dos distritos da Guarda e de Castelo Branco. Foi utilizada uma amostra de conveniência constituída por 404 utentes utilizadores de medicamentos antidepressivos. A informação relativa a cada utente foi obtida através da aplicação de um questionário de caracterização sócio-demográfica e outro de caracterização farmacológica. Resultados: Dos 404 utentes estudados, com idades compreendidas entre 16 e 90 anos, 312 eram mulheres (77%). A média de idade dos indivíduos a tomar um antidepressivo foi de 55,6 anos. Entre os utilizadores de antidepressivos 55,7% estavam a tomar um inibidor selectivo da recaptação de serotonina (ISRS). Os três fármacos mais amplamente prescritos nessa classe foram a fluoxetina (34,7%), a sertralina (24%) e o escitalopram (22,2%). Os utentes que estavam a tomar concomitantemente 2 ou mais fármacos representaram 16,1% do total da amostra e os antidepressivos tricíclicos (ATCs) e inibidores da monoamina oxidase (IMAO) foram os menos utilizados. Para 51% dos doentes, o tratamento antidepressivo foi prescrito pelo clínico geral, e estes prescreveram mais ISRS e menos ATCs em relação aos médicos especialistas. Conclusão: As mulheres utilizam mais medicamentos antidepressivos que os homens. O clínico geral prescreve mais antidepressivos que o psiquiatra e médicos de outras especialidades. A monoterapia é o regime terapêutico mais utilizado e os ISRS são os antidepressivos mais prescritos. |
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Caracterização do perfil de utilização de medicamentos antidepressivos na Beira InteriorMedicamentos antidepressivosMedicamentos antidepressivos - UtilizaçãoMedicamentos antidepressivos - Utilização - Beira InteriorDepressão - AntidepressivosIntrodução: A utilização de medicamentos antidepressivos, fármacos mais prescritos para o tratamento da depressão, tem vindo a aumentar nos últimos anos. As várias classes de antidepressivos diferem no seu mecanismo de acção farmacológico e também no perfil de efeitos adversos e potenciais interacções farmacológicas. Estes aspectos podem influenciar a selecção dos medicamentos antidepressivos e a adesão do doente à terapêutica. Objectivo: Caracterizar o perfil de utilização de medicamentos antidepressivos na Beira Interior em função de variáveis sócio-demográficas e farmacológicas. Material e métodos: Efectuou-se um estudo observacional descritivo e transversal, nas farmácias comunitárias dos distritos da Guarda e de Castelo Branco. Foi utilizada uma amostra de conveniência constituída por 404 utentes utilizadores de medicamentos antidepressivos. A informação relativa a cada utente foi obtida através da aplicação de um questionário de caracterização sócio-demográfica e outro de caracterização farmacológica. Resultados: Dos 404 utentes estudados, com idades compreendidas entre 16 e 90 anos, 312 eram mulheres (77%). A média de idade dos indivíduos a tomar um antidepressivo foi de 55,6 anos. Entre os utilizadores de antidepressivos 55,7% estavam a tomar um inibidor selectivo da recaptação de serotonina (ISRS). Os três fármacos mais amplamente prescritos nessa classe foram a fluoxetina (34,7%), a sertralina (24%) e o escitalopram (22,2%). Os utentes que estavam a tomar concomitantemente 2 ou mais fármacos representaram 16,1% do total da amostra e os antidepressivos tricíclicos (ATCs) e inibidores da monoamina oxidase (IMAO) foram os menos utilizados. Para 51% dos doentes, o tratamento antidepressivo foi prescrito pelo clínico geral, e estes prescreveram mais ISRS e menos ATCs em relação aos médicos especialistas. Conclusão: As mulheres utilizam mais medicamentos antidepressivos que os homens. O clínico geral prescreve mais antidepressivos que o psiquiatra e médicos de outras especialidades. A monoterapia é o regime terapêutico mais utilizado e os ISRS são os antidepressivos mais prescritos.Introduction: The use of antidepressant drugs, most commonly prescribed drugs for the treatment of depression, has been increasing in recent years. The diverse classes of antidepressants differ in their mechanism of action and also the adverse effects profile and potential drugs interactions. These aspects may influence the selection of antidepressant medications and the adherence of the patient to therapy. Goal: To characterize the profile of the use of antidepressants in Beira Interior in terms of socio-demographic and pharmacological variables. Material and methods: It was taken an observational, descriptive and cross-sectional study in the community pharmacies in the district of Guarda and Castelo Branco. It was used a convenience sample consisting of 404 users of antidepressant medication. Information on each patient was obtained by applying a questionnaire on socio-demographic and other on pharmacological characterization. Results: Of the 404 studied users, aged between 16 and 90 years, 312 were women (77%). The average age of people taking an antidepressant was of 55.6 years. Among the users of antidepressants 55.7% were taking a selective serotonin reuptake inhibitor (SSRI). The three most widely prescribed drugs in that class were fluoxetine (34.7%), sertraline (24%) and escitalopram (22.2%). The users who were taking two or more drugs concurrently represented 16.1% of the total sample and tricyclic antidepressants (TCAs) and monoamine oxidase inhibitors were the least used. For 51% of the patients, antidepressant treatment was prescribed by a general practitioner, who prescribed more SSRIs than TCAs in relation to medical specialists. Conclusion: Women use more antidepressants than men. The general practitioner prescribes more antidepressants than the psychiatrist or other medical experts. Monotherapy regimen is the most used and SSRIs are the most commonly prescribed antidepressants.Universidade da Beira InteriorAlves, Gilberto LourençouBibliorumFernandes, Marta Filipa Lourenço2013-01-17T11:16:19Z2011-102011-10-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/920porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:36:19Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/920Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:42:53.455520Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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