Trajetos de vida pós-reclusão: a reinserção social de pessoas que cumpriram penas de prisão

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gonçalo, Samuel José Cruz
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10348/7591
Resumo: O objetivo deste estudo é investigar a história de vida de um grupo de pessoas que passaram um período da sua vida no estabelecimento prisional, transitando para uma fase de reinserção social. Definindo os handicaps característicos de uma população estigmatizada por uma vulnerabilidade marcada, pretende-se, ainda, obter, junto dos sujeitos da ação, os libertados condicionalmente e a sua perceção sobre a sua situação atual. Conceitos como crime, comportamentos desviantes, prisão, exclusão e reinserção social são o suporte para uma melhor compreensão da investigação. O que os levou a ter um comportamento delinquente? Como é a vida num estabelecimento prisional? Qual o percurso individual e familiar do sujeito? Quais as consequências da prisão nos indivíduos e relação com a família, a sociedade e o mercado de trabalho? Como ocorre a transição para a vida em liberdade após a saída do estabelecimento prisional? Quais os organismos de auxílio para a reinserção social? Deste modo, aqui são apresentadas algumas das questões às quais tentamos responder, recorrendo à metodologia qualitativa, através do auxílio de instrumentos como entrevistas semiestruturadas aos técnicos de reinserção social e ainda entrevistas que visam explorar a história de vida dos libertados condicionalmente. Percecionamos que o contexto social pode influenciar o seu carácter e comportamento e que, após o período de reclusão, as suas vidas ficam completamente marcadas. Percebemos, com o decorrer da investigação, que a presumível reinserção social plasmada no quadro penal português se baseia mais na teoria do que na prática, ideia corroborada pelas entrevistas efetuadas aos libertados condicionalmente. Apesar dos diversos obstáculos com que estes se deparam no seu dia-a-dia, não perdem, contudo, a esperança de terem uma vida melhor no futuro.
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