Projeto HiDia: análise de dados numa intervenção em saúde

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pinto, Sónia Sofia de Jesus
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10451/22459
Resumo: Tese de mestrado em Bioestatística, apresentada à Universidade de Lisboa, através da Faculdade de Ciências, 2015
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spelling Projeto HiDia: análise de dados numa intervenção em saúdeHipertensãoPAMPACPráticas de monitorizaçãoRegressão logísticaTeses de mestrado - 2015Domínio/Área Científica::Ciências Naturais::MatemáticasTese de mestrado em Bioestatística, apresentada à Universidade de Lisboa, através da Faculdade de Ciências, 2015Introdução: As doenças cardiovasculares (DCV) são a maior causa de morte em Portugal, com uma taxa de mortalidade das mais altas da Europa e do mundo, sendo a hipertensão um dos fatores de risco mais importantes destas doenças. Este fator de risco apresenta uma prevalência estimada de 42,2% em Portugal, e apesar da terapêutica existente e da toma regular da medicação anti-hipertensora (aHT) por parte dos doentes, apenas 28,6% dos hipertensos tratados têm a HTA controlada. É então necessária a criação de estratégias para a prevenção e controlo desta doença. Vários fatores como a complexidade da terapêutica prescrita, possíveis efeitos adversos, a natureza assintomática, crenças e conhecimentos sobre a hipertensão e o benefício não imediato da medicação contribuem para uma não adesão à terapêutica. Perante este cenário, o projeto HiDia surge com o intento de melhorar o conhecimento do doente sobre esta doença crónica, a adesão à terapêutica, e a comunicação do doente com o médico de família. Objetivos: Este trabalho resulta do projeto HiDia e pretende avaliar alguns dos factores em estudo que podem estar associados à problemática da adesão/não adesão à terapêutica, mais concretamente as práticas de monitorização da pressão arterial em hipertensos medicados. Esta abordagem tem como objetivos descrever o local de medição da PA mais usuais e a frequência da medição da PA, distinguir as características sócio-demográficas e clínicas de hipertensos medicados relativamente ao local e à frequência da medição e identificar os fatores associados a estas duas variáveis de interesse. Metodologia: Este estudo incide sobre dados da avaliação inicial do projeto HiDia, um estudo experimental que teve como objetivo avaliar o efeito de uma intervenção educacional e comportamental sobre a promoção do controlo da hipertensão arterial entre doentes seguidos nos cuidados de saúde primários, na região de Lisboa. Foram selecionados hipertensos não controlados de uma amostra de conveniência de Centros de Saúde da região de Lisboa e Vale do Tejo. A avaliação inicial decorreu através de entrevista presencial com administração de questionários e registo de medições da PA. Os fatores relacionados com o doente foram avaliados através de um questionário específico, o qual inclui o Questionário da Perceção da Doença (B-IPQ), o Questionário de Crenças sobre a medicação (BMQ) e as escalas de Ansiedade e Depressão Hospitalar (HADs). Para a caracterização das práticas de monitorização da PA, foram recolhidas variáveis como o local e a frequência de medição da PA, no momento inicial do estudo (baseline). Foram ainda utilizados modelos de regressão logística para identificar os fatores associados às variáveis de interesse. O nível de significância utilizado foi de α = 0; 05. Resultados: Os valores de pressão arterial sistólica e diastólica médios obtidos na entrevista presencial inicial foram respetivamente 141,8 (±17,6) e 82,2 (±11,2). Do total de 255 participantes, 108 (42,5%) mostraram ter a PA controlada. Uma grande parte dos indivíduos, mais especificamente, 54,9% referiu medir a PA habitualmente em casa. No que respeita à frequência, 38,8% dos participantes indicaram medir a PA uma ou mais vezes por semana. A posse de dispositivo mostrou-se associada ao local de medição da PA (p≤0,05). Quanto à frequência de medição foram encontradas como variáveis independentes a posse de dispositivo, colesterol alto, PA controlada e a preocupação com a HTA (p≤0,05). Conclusões: Para a prevenção da HTA estão desenvolvidas diversas recomendações, sendo o uso da MPAC (Monitorização da Pressão Arterial em Casa) considerado complemento útil para as medições convencionais feitas em escritório. Neste estudo a maioria dos participantes realizavam as suas medições da PA em casa. A posse de dispositivo mostrou-se associada ao local de medição indicando ser essencial para a prática da MPAC. De acordo com a Sociedade Europeia da Hipertensão, a medição da PA é considerada adequada e frequente quando efetuada uma ou duas vezes por semana. Do total de participantes 38,8% indicaram medir a PA uma ou mais vezes por semana. Foram ainda identificadas variáveis relacionadas com a frequência de medição da PA pelo que deverão ser alvo de controlo por forma a promover o cumprimento das recomendações efetuadas pelos profissionais de saúde.Introduction: Cardiovascular diseases are the main cause of death in Portugal, with one of the highest mortality rates in Europe and the world. One of the most relevant risk factors for these diseases is hypertension. This risk factor has an estimated prevalence of 42,2% in Portugal, and although there is therapy available and regular intake of anti-hypertensive medication (aHT), only 28,6% of the treated patients have their arterial hypertension under control. For these reasons, it is necessary to create proper strategies to prevent and control this disease. Several factors, like the complexity of the treatment prescribed, possible adverse side effects, asymptomatic nature, beliefs and knowledge about hypertension and the long term benefit of medication contributes to the non-adherence of the treatment. With this in mind, the HyDia project aims to improve the knowledge of the patient about this chronic disease, treatment adherence, and the patient-doctor communication. Objectives: This work is a direct result of the HyDia project and its goal is to evaluate some of the factors that may be associated with the issue of adherence/non-adherence to the treatment, specifically the BP monitoring practices on medicated patients with arterial hypertension. The objective of this approach is to describe the most common places of measurement and its frequency, to distinguish sociodemographic and clinical characteristics of the hypertensive medicated patients associated with the place and frequency of measurement, and to identify the associated factors to the place of measurement and its frequency . Method: This study focuses on data of the initial evaluation of the HyDia project, an experimental study which purpose was to evaluate the effect of an educational and behavioral intervention on promoting the control of hypertension among the patients followed by primary health care in the Lisbon region. Uncontrolled hypertensive patients were selected from a convenience sample of Health Centers in the Lisbon region. The initial evaluation was conducted by personal interview surveys and the registry of BP measurements. The factors associated with the patient were evaluated with a specific survey, which included B -IPQ, BMQ and HADs. To characterize the BP monitoring practices, variables such as the place and frequency of measurement were registered at the initial moment of the study (baseline). Logistic regression models were also used to identify the factors associated with these variables of interest. The significance level used was α = 0; 05. Results: The means of SBP and DBP values obtained in the face-to-face interview was 141; 8(±17; 6) and 82; 2(±11; 2), respectively. From a total of 255 participants, 108 (42,5%) had a controlled BP . Most individuals, specifically, 54,9% referred to measure the BP values usually at home. Concerning the frequency of measurement, 38,8% of the participants declared to measure it once or more per week. The possession of BP measurement device revealed to be associated to the place of measurement (p-value≤0,05). Relatively to the frequency of the measurement the associated factors were BP measurement device, high cholesterol, controlled BP and concerning about the illness (p-value≤0,05). Conclusions: To prevent hypertension several recommendations are established, of which, the use of HBPM is considered a useful complement for conventional measurements of BP. In this study the majority of the participants did BP measurements at home. The possession of a BP measurement device was associated with the place of measurement, which indicates it is essential to HBPM. According to the European Society of Hypertension, BP measurement is considered adequate and frequent when taken once or twice a week. Around 38,8% of the participants mentioned that they measured BP once or more per week. The variables related with the frequency of BP measurement were also identified and thus should be controlled in order to promote the compliance of the recommendations from health-care providers.Gomes, João José Ferreira,1961-Fernandes, MileneRepositório da Universidade de LisboaPinto, Sónia Sofia de Jesus2016-01-28T16:44:31Z201520152015-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/22459TID:201064251porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T16:09:41Zoai:repositorio.ul.pt:10451/22459Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:40:03.516561Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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