Desenvolvimento de novos materiais naturais nanocompósitos para aplicações em engenharia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Margarido, José Miguel Teixeira
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/23808
Resumo: A crescente e generalizada consciencialização ambiental obriga cada vez mais a incutir o uso de materiais compatíveis com a sociedade onde nos inserimos. A cortiça é 100% orgânica e sustentável pelo facto de um só sobreiro conseguir produzir cerca de 20 vezes esta matéria prima ao longo do seu ciclo de vida. Também na ótica da reciclagem, todas as sobras das diversas indústrias que usam a cortiça podem fazê-lo, sendo esta triturada e aglomerada posteriormente através de resinas. Porém, é precisamente neste capítulo que residem alguns obstáculos na amizade com a ecologia. O aglomerado de cortiça é bastante apetecível ao nível do preço, quando comparado com o seu estado puro, e uma vez que mantém grande parte das vantagens e competências iniciais, não é de estranhar que seja usado não só em rolhas para vinhos de consumo rápido, mas também em inúmeras aplicações como isolamento térmico e acústico, absorvedor de impactos, peças de vestuário, objetos de design, entre outros. Todavia, a maioria do aglomerado é formado por cola que não é biodegradável, o que vai contra uma das principais bandeiras deste nobre produto português. Pretende-se com esta dissertação caminhar para atenuar esta tendência. Para isso, foi confecionado um aglomerado de cortiça com uma resina 40% biológica e testadas as propriedades mecânicas em testes de compressão quase-estáticos e de impacto. Ainda no decorrer desta tese, foi criado um nanocompósito de aglomerado de cortiça e grafeno, com o intuito de melhorar as propriedades mecânicas do aglomerado. De acordo com os resultados alcançados foi possível demonstrar que é possível aprimorar a cortiça em duas frentes diferentes. Por um lado, é possível conceber um aglomerado utilizando resinas mais amigas do ambiente e aplica-lo sem que se percam as suas propriedades essenciais. Por outro, a adição de grafeno como material de reforço foi validada no que diz respeito às propriedades mecânicas do compósito final.
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