O autocuidado em eventos de hospitalização: prevenção do declínio funcional em idosos no processo de internamento

• Autor(a) principal: Coito, Ana Cláudia Duarte do
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://web.esenfc.pt/?url=IanxvPa3
• topic: Autocuidado; declínio funcional; hospitalização; reabilitação

Os eventos de hospitalização numa população envelhecida implicam alterações na autonomia da pessoa e provocam situações de dependência, especialmente na área do autocuidado. Estas modificações são um desafio, em especial para os enfermeiros de reabilitação que devem valorizar e promover, através das suas intervenções, reconstrução da autonomia. O estudo apresentado teve como principal objectivo verificar se ocorre declínio funcional para os autocuidados nos idosos internados no Serviço de Medicina BA CHUC, avaliando o nível de dependência para os autocuidados na pré-admissão, admissão e alta. Para isso foi desenvolvido um estudo de natureza quantitativa, descritivo-correlacional com medidas repetidas numa amostra de 52 utentes idosos, internados no Serviço de Medicina durante o período de 15 de julho a 15 de novembro de 2017. Para a colheita de dados foi utilizada uma versão adaptada do InterRAI-CA-PT, validada para a população portuguesa por Amaral et al. (2014). A escala foi aplicada no momento da admissão e da alta, após autorização do autor e deferimento do Conselho de Administração do CHUC. Todos os utentes consentiram a sua participação de formal livre e esclarecida. Os resultados obtidos permitem afirmar que ocorre declínio funcional dos idosos internados no Serviço de Medicina BA entre a pré-admissão, a admissão e a alta. A avaliação das escalas de AVD?s comprova estes resultados demonstrando um aumento global do nível de dependência durante o período de internamento. Estes resultados demonstram uma necessidade de identificação dos factores desencadeantes e acima de tudo uma avaliação cuidada do utente, com planificação de intervenções adequadas de forma a minimizar o impacto da hospitalização na vida da pessoa. No campo da promoção de autonomia e minimização do declínio funcional, o enfermeiro de reabilitação deverá ter um papel fundamental como interveniente directo com os utentes através dos seus conhecimentos específicos mas também como dinamizador da equipa de enfermagem, impulsionando acções que permitam a obtenção de ganhos em saúde. Como perspectiva futura, sugere-se a realização de estudos que analisem as intervenções dos enfermeiros de reabilitação neste âmbito, de forma a avaliar a efectividade das mesmas.